O programa popular habitação do país pode ganhar novos funcionamentos neste ano. A expectativa da equipe econômica é reduzir em quase 70% o volume dos subsídios do Minha Casa Minha Vida vindos do FGTS e aplicados no valor dos financiamentos habitacionais para famílias incluídas no programa.
Seguindo proposta do Ministério da Economia, a previsão é reduzir R$ 3 bilhões do volume de recursos aprovado nos orçamentos deste ano e no próximo. O texto foi apresentado para o grupo técnico que assessora o conselho curador do FGTS.
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Desta forma, é observado que os dois orçamentos preveem R$ 9 bilhões para cada um deles com esta finalidade, de acordo com o plano plurianual do FGTS.
De acordo com a pasta, o objetivo para este ponto é melhorar a rentabilidade das contas dos trabalhadores vinculadas ao FGTS.
É importante destacar que estes subsídios do Minha Casa Minha Vida funcionam como uma ajuda que o FGTS dá às famílias com renda entre R$ 2,6 mil e R$ 4 mil na hora de tomar o financiamento. Já o valor do desconto depende da renda do mutuário e pode chegar até R$ 47,5 mil do total do financiamento.
O programa MCMV foi criado em 2009, e, em dez anos, o FGTS concedeu ao todo R$ 64,897 bilhões em subsídios – desta forma, beneficiando quase 3 milhões de famílias. E orçamento total do Fundo para habitação popular neste ano é R$ 66,5 bilhões, incluindo os subsídios.
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Ainda em discussão sobre o assunto, foram levantados alguns pontos, entre eles, o que não houve no grupo e a ideia de resistir durante a reunião do conselho curador na próxima semana. E os conselheiros com relação no setor de construção civil pontuam que o FGTS tem função ligada ao social.
No qual considera-se a necessidade de investir na áreas de habitação, sobretudo para a baixa renda e em projetos e saneamento básico e mobilidade urbana.
E ainda, caso a proposta do governo seja aprovada pelo conselho para o subsídio das famílias sobraria apenas R$1 bilhão, pois considerando que os outros R$ 2 bilhões teriam sido investidos para remunerar os custos da Caixa Econômica Federal, que é o agente financeiro do FGTS.
Além disto, a fim de rebater o argumento de que a mudança no Minha Casa Minha Vida seria uma forma de beneficiar os trabalhadores cotistas do FGTS.
Por isso, algumas fontes discutem que este mesmo público já são beneficiados com a divisão do lucro do Fundo e, desta forma, irão receber pelo menos a correção da inflação nas suas contas vinculadas.