Não Perturbe do INSS: saiba como funciona a plataforma e quem se beneficia

Os aposentados e pensionistas que não quiserem mais receber propostas de crédito consignado ganharam um novo serviço de silenciamento. Intitulada de Não Perturbe do INSS, a função permite que os segurados proíbam as agências bancárias de lhe oferecerem serviços financeiros.

Não Perturbe do INSS: saiba como funciona a plataforma e quem se beneficia (Imagem: Reprodução - Google)
Não Perturbe do INSS: saiba como funciona a plataforma e quem se beneficia (Imagem: Reprodução – Google)

A ferramenta já está em uso desde o último dia dois de janeiro e já foi aceita por mais de 100 mil brasileiros.

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Para poder usufruir, basta se cadastrar no site do serviço informando os números de contato, desde telefones fixos à celulares pessoais. É preciso que as numerações estejam vinculadas ao CPF do usuário, de modo que possa comprovar que este é segurado pelo instituto.

Após o cadastramento, o INSS oferece um prazo de até 30 dias para validar o bloqueio. O período é utilizado para que os bancos fiquem cientes da solicitação e desliguem os usuários de suas listas de ofertas.

Instituições participantes do Não Perturbe do INSS

No total 23 bancos aderiram a proposta, sendo a Caixa Econômica Federal, Banco Central, entre outros. A iniciativa foi realizada em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e com a Secretaria Nacional do Consumidor.

Segundo dados da Febraban, com o total de bancos que aplicaram o serviço, 98% dos serviços de crédito estarão encobertos pela ferramenta.

Os bancos que não aderiram a proposta foram: Agibank, Alfa, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banrisul, Barigui, Bradesco, BMG, BRB, Caixa, Cetelem, CCB, Daycoval, Estrela Mineira, Inter, Itaú, Mercantil, Pan, Paraná Banco, Safra, Santander, Sicredi e Votorantim.

Demais funções

Além do Não Perturbe do INSS, o projeto vê também outras propostas, como a criação de uma base de dados para o monitoramento de reclamações. A ideia é que o serviço financeiro passe a ser ofertado apenas para aqueles que tenham interesse em aderi-lo.

Em caso de descumprimento, as queixas deverão ser registradas por meio dos canais internos dos bancos, no Banco Central ou por meio da plataforma consumidor.gov.br.

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Outra medida é a contabilização das ações judiciais e o mapeamento da governança e da gestão de dados de correspondentes bancários. Nesse caso, a proposta tem como finalidade criar um índice de qualidade, que será divulgado posteriormente pela Febraban e a ABBC.

“Teremos um termômetro de qualidade da atuação do correspondente, e com base no indicador de reclamações, os bancos irão adotar medidas administrativas, que vão desde advertência, suspensão, até o fim do relacionamento com o correspondente”, disse Amaury Oliveira, diretor de autorregulação da Febraban.

 

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Doutoranda e mestra em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a coordenação de edição dos Portais da Grid Mídia e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas socias e economia popular. Iniciou sua trajetória no FDR há 7 anos, ainda como redatora, desde então foi se qualificando e crescendo dentro do grupo. Entre as suas atividades, é responsável pela gestão do time de redação, coordenação da edição e analista de dados.