A partir do próximo mês os brasileiros deverão ficar atentos as modificações em suas contribuições no INSS. A medidas propostas na reforma da previdência passarão a entregar em vigor, alterando o valor das taxas estipuladas pelo instituto. As novas regras do INSS trazem um peso diferente para as alíquotas que funcionarão de forma progressiva e pesarão mais no bolso de quem tem salários mais elevados.
A alteração determina que os trabalhadores com uma renda mensal mais baixa, terão que pagar menos à previdência. Já aqueles que recebem acima de R$ 4.700 precisarão lidar com descontos maiores.
Confira um exemplo: uma trabalhadora com salário de R$ 1.045, atual salário mínimo, deverá contribuir com 8% desse valor o equivalente a R$ 83,60.
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As novas alíquotas vão passar a variar entre 7,5% a 14% do rendimento, sendo aplicadas sobre o percentual salarial de cada beneficiário. Os descontos deverão seguir uma tabela de taxação formulada pelo instituto.
Esse ano, o teto do INSS está em 6.101,06. Para a categoria, a contribuição mensal deverá ser de R$ 713,10, segundo o IBDP. Anteriormente, o pagamento era de R$ 671,12, o que representa um aumento de 6,2%.
Novas regras do INSS para os servidores federais
No caso dos servidores federais, as alíquotas ficarão acima do teto e poderão chegar a 22% para aqueles com uma renda acima de R$ 40.747,20. Os descontos também serão aplicados de forma progressiva.
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Visão dos especialistas.
Tesoureiro do IBDP, Emerson Costa Lemes afirma que as modificações aquecerão o mercado, uma vez em que os brasileiros com maior poder aquisitivo é que sentirão um impacto mais profundo.
“A ideia é essa: quem recebe um salário mínimo vai contribuir menos, e R$ 5 fazem diferença para esses trabalhadores. Penso que a estratégia é reduzir a arrecadação, mas tentar aquecer o mercado de trabalho para mais pessoas contribuírem. Vamos ver agora se vai dar certo”, explicou.
Confira a tabela que passará a incidir a partir de março deste ano, conforme as novas regras do INSS.
- 7,5% até um salário mínimo (R$ R$ 1.045);
- 9% para quem ganha entre R$ 1.045,01 R$ e 2.089,60.
- 12% para quem ganha entre R$ 2.089,61 e R$ 3.134,40.
- 14% para quem ganha entre R$ 3.134,41 e R$ 6.101,06.