Contribuintes do Rio de Janeiro devem ficar atentos. O calendário de pagamento do IPTU RJ 2020 já está em andamento e esse ano, pela primeira vez, a prefeitura liberou que a prestação de contas fosse feita também por meio do cartão de crédito. Segundo os gestores, quem optar pela modalidade terá até 7% de desconto.
O valor final da isenção varia de acordo com a quantidade de parcelas selecionadas pelo contribuinte. Entretanto, com a falta de justificativa sobre como funcionará o cálculo de juros o benefício vem sendo motivo de críticas entre os cidadãos.
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Uma reportagem do portal O Globo fez uma simulação em cima de um imóvel com IPVA RJ 2020 equivalente a R$ 1.365,24, em cota única com desconto de 7%.
A matéria mostrou que, caso parcelado em 12 vezes, o valor final do imposto aumentaria para R$ 1.733,09, o que equivale a 26,9%.
No caso da divisão em dez vezes, limite máximo permitido pela prefeitura em boleto, o contribuinte deveria pagaria R$ 1.468, um valor 15,29% menor do que o limite de parcelamento no cartão.
Para quem vale a pena pagar o IPTU RJ 2020 no crédito
Comerciante de 65 anos, José Augusto Rosário, foi um dos moradores que acabou sendo surpreendido com os juros no IPTU como conta a reportagem do jornal O Globo. Ao ir até até a sede da prefeitura, José descobriu que o pagamento ficaria maior do que esperado.
“É uma armadilha, uma pegadinha. Havia várias pessoas na fila, como eu, mas também desistiram de usar o cartão quando descobriram a incidência do juros. Vou pagar em 10 vezes no carnê, R$ 214 mensais”, afirmou.
Já no caso do professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, a divisão será positiva, já que perdeu o prazo da cota única. Para ele, o valor ficará equivalente ao desconto fornecido no pagamento total do tributo.
“Se a prefeitura já oferece o parcelamento no carnê sem desconto, não faz sentido parcelar e ainda pagar os juros do cartão. Para quem pode, o ideal é aproveitar o abatimento de 7%. Nenhuma aplicação hoje tem essa remuneração”, explicou.
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Posicionamento da Prefeitura
Questionada pelo portal O Globo, a prefeitura do Rio alegou que “o credenciamento da empresa oferece apenas mais uma modalidade de pagamento ao contribuinte. As condições de financiamento devem ser negociadas com a empresa, e cabe ao contribuinte a decisão. Não há participação do município”.
A empresa citada diz respeito a maquininha de cartão que cobra o juros sobre pagamentos parcelados.