Durante entrevista, o ministro da Cidadania declarou que o Bolsa Família não está cumprindo a sua função inicial, no qual é reduzir a pobreza do país. De acordo com ele, o programa tem atuado em frente contrária, ou seja, mantendo a pobreza no Brasil.
A declaração vista como polêmica foi reafirmada durante o discurso de que o programa precisa ser revisto pelo governo, para que a sua função seja de promover o desenvolvimento de famílias.
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“Até hoje o Bolsa Família foi um programa para manter as pessoas, não para tirá-las da pobreza”, disse Terra em evento em Curitiba.
Para ele, o governo agora atua na realização de pente-fino e criação de alternativas para reduzir o número de recebimentos indevidos.
Vale ressaltar que durante o primeiro ano de atuação de Jair Bolsonaro, a fila de pessoas na espera do benefício aumentou chegando a quase 1 milhão de pessoas, segundo o último levantamento. Para o ministro, o sistema não está sendo esvaziado, mas sim reavaliado e revisto.
O governo federal está disposto a transformar a visão do programa frente à sociedade. De acordo com o ministro, fazendo com que o Bolsa Família, pouco a pouco, seja visto como um programa de geração de emprego e renda. No qual visualiza e ajuda a população a sair da pobreza, tirando a exclusividade apenas de que é só uma transferência de renda.
O grande desafio atual do governo é de realizar mudanças mesmo com o orçamento enxuto, com a previsão de R$ 97 bilhões para os programas do Bolsa Família e o do Benefício da Prestação Continuada (BPC).
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“Estamos desenvolvendo um programa muito forte, cada vez com mais tecnologia, de controle, de batimento das informações. E só vamos liberar aquela família para entrar no Bolsa Família depois que tiver batido todas as informações em nível local, estadual e federal”, disse.
Ainda para integrar as mudanças, o ministro destaca que “A gente vai trabalhar muito com cursos técnicos para jovens do Bolsa e tem uma parceria com o Sistema S, mas vamos também tem uma parceria direta com as empresas.”
Ele ainda pontua que as pautas do Bolsa Família só devem avançar quando a Câmara visualizar que há outras alterações para serem feitas. E que no momento, só teve acesso a medidas vindas da Câmara que aumentam os custos do sistema em R$15 bi, o que é inviável.