Novidades no serviço financeiro. A fim de expandir sua área de atuação e reparar erros de alguns de seus serviços, a Caixa Econômica Federal anunciou que seu microcrédito passará por uma reestruturação. Durante o Cred Suisse, realizado em São Paulo, o presidente Pedro Guimarães falou sobre as atualizações e disse que deseja obter um maior número de clientes.
A ação aconteceria por meio de mudanças no projeto Caixa Crescer, desenvolvido especialmente para a oferta de empréstimos.
O esperado é que 20 milhões de novos clientes aderissem à proposta que contaria com uma taxa de juros 2% menor ao mês, além de ser rentabilizada por meio de outros produtos.
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Em entrevista, Guimarães explicou que Caixa Crescer não atingiu os objetivos alcançados e por isso estará passando por modificações.
Ele afirmou que houve uma baixa adesão ao serviço, apresentando elevados índices de rejeição por parte dos titulares da instituição. “O microcrédito não foi eficiente neste meu primeiro ano”, afirmou.
Visando expandir as ações financeiras, atingir um número ainda maior de pessoas e elevar sua credibilidade, a Caixa estará fechando parceria com demais empresas do mercado financeiro.
Na última semana, Guimarães esteve na Índia, onde pôde conhecer empresas do setor. É válido ressaltar que o país apresenta uma das maiores operações de microcrédito do mundo.
“Existe uma empresa que na teoria faria isso (o microcrédito), que é a Caixa Crescer, que é um problema. É uma empresa que faria essa operação, mas não faz”, contou o presidente.
Questionado sobre como funcionaria a proposta, o presidente do banco disse que ainda não há nada exatamente definido.
Segundo ele, está se estudando a possibilidade de um serviço similar ao “crédito amigo”, oferecido pelo banco do Nordeste. Trata-se de uma ação que permite que um grupo de pessoas solicite um empréstimo e caso algum desista há uma taxa de juros de 2% ao mês.
“Não podemos olhar o crédito pelo crédito, porque se faz junto um microsseguro, a rentabilidade do banco é muito maior”, afirmou o executivo.
Segundo ele, o esperado é que as atualizações entrem em vigor ainda este ano e até 2023 atinja mais de 1 milhão de pessoas.