Novidades na crise do INSS. Nessa quarta-feira (29), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Augusto Heleno, informou que o prazo para a contenção das filas de espera do instituto é até o mês de outubro. Segundo ele, com as ações de força-tarefa, espera-se que o número de benefícios solicitados volte a quantia mensal normal, sendo de 1 milhão.
Augusto ainda declarou que, caso o reforço funcione como o esperado, há ainda uma possibilidade de antecipação no cronograma. A declaração foi dada em uma entrevista à rádio CBN, onde foi explicar a saída do ex-presidente do INSS, Renato Vieira.
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O representante pediu sua exoneração na última semana, por causa da crise na qual se encontrava. Agora, quem assumirá o controle do instituto será o ex secretário da previdência, Leonardo Rolim. Sua posse deve acontecer nos próximos dias, porém já está em debate com os representantes do governo para elaborar estratégias contra a crise.
Participação dos militares
Ao ser questionado sobre a contratação dos reservistas, Heleno defendeu a proposta, dizendo que tratava-se de uma medida que permitiria que os funcionários do INSS pudessem se dedicar exclusivamente às análises dos benefícios.
Segundo ele, há formas burocráticas para que a suspensão dos militares seja revista. O secretário falou ainda sobre o desejo de convocar outros servidores públicos para ajudar na força-tarefa, quebrando o questionamento do judiciário sobre uma seleção exclusiva da categoria.
Entenda a crise do INSS
Desde o fim do ano passado, o Instituto Nacional do Seguro Social está enfrentando a pior crise de sua história. Mais de 2,4 milhões de benefícios estão suspensos devido as atualizações da reforma da previdência e ao atraso do relatório com os dados dos cadastrados, gerados pela DataPrev.
Ainda na primeira semana deste ano, o governo federal decidiu interver criando um plano emergencial para poder conter a situação.
É válido ressaltar que tais atrasos estão aumentando consideravelmente as despesas da união, tendo em visto os gastos com a defensoria pública, uma vez em que o instituto está recebendo inúmeros processos judiciais e adminstrativos.
Além disso, para cada benefício em atraso, após a aprovação do mesmo, deverão ser pagos os valores de juros durante o tempo de suspensão.