Brasileiros em situação de pobreza e extrema pobreza estão tendo dificuldades para poder serem aceitos no maior programa de transferência de renda nacional. Uma reportagem do jornal O Globo revelou que quase meio milhão de pessoas estão na fila de espera para serem aceitas pelo programa. E sofrem com os atrasos no Bolsa Família.
Segundo a matéria, os dados levantados pela Lei de Acesso à Informação comprovam que a espera agora é a maior desde o governo Dilma Rousseff.
A média de novas aceitações entre os meses de janeiro e maio de 2019 eram de 260 mil por mês. Porém, o número caiu drasticamente desde junho de 2019, aprovando apenas 5 mil novas famílias.
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No ano de 2018, durante o governo de Michel Temer, a fila de espera foi zerada e quem estava na coordenação do ministério foi o atual ministro da cidadania Osmar Terra.
É válido ressaltar que desde o fim do ano passado Terra, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, vem divulgando ações de inventivo ao programa.
Estão previstas a criação de novos benefícios para os familiares, além de um aumento considerável nas bolsas bases que passarão a ser de R$ 100 e R$ 200.
Posicionamento do Ministério da Cidadania sobre os atrasos no Bolsa Família
Após a veiculação da reportagem, o ministério da cidadania emitiu uma nota informando que admite que houve uma redução considerável no projeto, entretanto, afirma que o serviço será normalizado em breve.
Segundo o governo, ainda não há uma previsão sobre quando os novos cadastros passarão a ser aceitos. E haja uma real regularização nos atrasos do Bolsa Família.
“Nos últimos meses, houve redução no número de inclusões de famílias, o que deve ser normalizado com a conclusão dos estudos de reformulação do Bolsa Família. O número de beneficiários flutua mensalmente em virtude dos processos de inclusão, exclusão e manutenção de famílias”, explicou a nota.
Quanto aos cancelamentos, o órgão explicou que estes são feitos devido a política adotada no projeto que visa averiguar e revisar todos os cadastros. A fim de melhor a fiscalização do programa. Por consequência, há desligamentos de beneficiados.
Ao longo de 2019, o governo federal investiu cerca de R$ 32 bilhões no Bolsa Família. Para esse ano a expectativa é que o valor aumente, tendo em vista que estão sendo articuladas medidas que ampliarão o pagamento dos benefícios, depositando quantias maiores.