INSS: atos de protesto marcam polêmica decisão em combate à crise

Mediante a crise no INSS causada pela grande fila de análise dos benefícios. Os funcionários públicos da Previdência realizaram diversas manifestações em todo o país nesta sexta-feira (24). O ato foi contrário às atitudes do governo para conter os atrasos.

INSS: atos de protesto marcam polêmica decisão em combate à crise
INSS: atos de protesto marcam polêmica decisão em combate à crise

As manifestações vêm contra a decisão do governo de realizar a convocação de 7 mil militares da reserva para auxiliar no atendimento nas agências do INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social.

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No estado de São Paulo, o ato foi organizado pelo Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo).

E também têm o apoio do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado), Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal) e outras entidades.

A posição dos servidores e protestantes, é criticar a decisão do governo federal de chamar militares para atendimento nas agências. Esta medida tem sido observada por este público como uma “militarização do INSS”.

O objetivo, dizem, é chamar a atenção também para a urgência de novos concursos públicos.

O presidente Jair Bolsonaro declarou que a Medida Provisória que permite a utilização dos militares já está assinada e deve ser publicada nos próximos dias. Desta forma, a convocação faz parte do mutirão para diminuir a fila de pedidos de benefícios.

Cenário de crise no INSS

As irregularidades já têm somado níveis expressivos de espera. O que faz com que o órgão passe por uma crise de sistemas.

Toda a situação começou quando a plataforma para concessão dos benefícios, o Meu INSS, ficou super lotada e não conseguiu se atualizar com as novas normas da Previdência.

De acordo com dados do Instituto, são cerca de 1,3 milhões de pedidos que estão parados há mais de 45 dias, sendo considerado 2 milhões de requerimentos totais dentro da crise no INSS.

O órgão pontua que os sistemas de concessão de benefícios estão tendo que ser atualizados para adequar-se às novas regras. Tendo em vista que, os cálculos não são realizados de forma manual.

Governo anunciou, na última semana, o interesse em realizar uma força-tarefa para tentar zerar a fila de espera dos pedidos do INSS até dezembro de 2020. A alternativa encontrada foi a contratação provisória de militares.