Benefícios do INSS com valor acima do piso podem ganhar novo reajuste

Mais mudanças no pagamento dos benefícios do INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social. Na última semana, o Ministério da Economia informou que está estruturando uma nova fórmula para definir o valor dos auxílios ofertados aos aposentados e pensionistas que recebam acima de um salário mínimo.

Benefícios do INSS com valor acima do piso podem ganhar novo reajuste
Benefícios do INSS com valor acima do piso podem ganhar novo reajuste

A ação está sendo pensada para evitar uma desigualdade entre aqueles que têm uma renda fixada no piso nacional e quem ganha acima dele.

Segundo o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Junior, o governo está criando uma nova regra de cálculo que não prevê reajustes em cima da inflação, o que significa que não haverá ganho real para os beneficiários.

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A proposta pretende analisar a inflação entre o período de dezembro de dois anos antes e novembro do ano anterior. Deixando de ser entre janeiro a dezembro do ano anterior, como ocorreu até 2019.

Segundo os representantes, a modificação irá evitar surpresas ou instabilidades econômicas na hora de definir o piso nacional, que impacta diretamente nos valor dos benefícios do INSS.

O novo cálculo continuará tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), contando apenas com um novo período de observação.

A decisão foi tomada após os erros na definição do salário mínimo deste ano. O valor foi modificado três vezes em menos de dois meses, gerando conflitos na liberação do INSS.

Inicialmente o valor era de R$ 998 (até 31 de dezembro de 2019). Na sequência, levando em consideração uma estimativa do INPC de dezembro, ficou em R$ 1.039. Por fim, com o índice exato da inflação, ficou em R$ 1.045.

Para evitar esses descompassos e reajustes, Bolsonaro afirmou que nos anos seguintes a definição do piso nacional precisará levar em conta as correções do INSS. Segundo ele, não se pode calcular o pagamento sem levar em consideração a aposentadoria dos brasileiros.

“Não se pode dar ganho real ao salário mínimo sem dar ganho real a quem está aposentado também. Minha orientação é a seguinte: mínimo e a base para o aposentado crescer no mesmo valor. Caso contrário, numa projeção não muito longa, todos estarão ganhando salário mínimo no Brasil”, afirmou.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.