A partir desta sexta-feira(24), a Petrobras irá reduzir o preço dos combustíveis. O corte médio da gasolina será de 1,5% nas refinarias e o diesel terá uma cotação média de 4,1%, conforme o informado à Reuters em nota. Isso por conta da diminuição de valores do petróleo no mercado global.
Essa é a segunda vez que a estatal corta os preços neste ano. No dia 14 de janeiro, a Petrobras já havia diminuído os valores médios do diesel e da gasolina em 3%.
Nesta quarta-feira (22), o preço do petróleo caiu em mais 2%, com o superávit pela Agência Internacional de Energia, para o mercado com a demanda em meio ao surto de coronavírus na China. Isso ofuscou interrupções de produção na Líbia.
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Ontem, quinta-feira (23), os preços operaram em queda também, mesmo com o petróleo do tipo Brent sendo cotado a US$61 o barril, o que representou uma queda de 2,5%.
Em entrevista ao jornal Exame, o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva comentou sobre essa queda.
“Se considerarmos o fechamento de ontem, no diesel ela (Petrobras) apertou em 4,5 centavos a arbitragem e a gasolina se manteve na paridade que ela vinha trabalhando em relação à nafta”, afirmou.
A estatal vem reiterando que a sua política para o preço dos combustíveis segue o princípio da paridade de importação, que toma como base os preços no mercado internacional mais os custos de importadores, com o transporte e taxas portuárias, que também impacta no câmbio.
Esse repasse da queda nos preços das refinarias não serão passados imediatamente para os consumidores e dependem de alguns fatores, como o consumo de estoque, impostos, margens de distribuição, revenda e mistura de biocombustíveis.
Os preços médios da gasolina e do diesel, na semana passada, fecharam em alta nos postos mesmo com os cortes dos preços nas refinarias.
No começo do ano, o agravamento da crise entre Estados Unidos e Irã, fez com que o mercado esperasse uma disparada nos preços do petróleo, mas depois de atingirem cerca de US$70 o barril entrou em queda.