Em meio à maior crise de sua história, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou que a análise dos benefícios em suspensão deverão ser retomadas a partir do mês de março. Segundo o órgão, esse é o tempo necessário para que seus sistemas estejam com as novas regras, frutos da reforma da previdência, já instaladas.
Desde a aprovação da PEC, no dia 13 de novembro de 2019, os benefícios ficaram suspensos uma vez em que o instituto precisaria adaptar seus sistemas e funcionários para as novas propostas.
Acontece que a pausa resultou em um acúmulo de mais de 2,4 milhões de pedidos, gerando a principal crise do INSS. Para rever a situação, o governo federal decidiu instaurar uma ação de força-tarefa que tem como objetivo antecipar as análises dos auxílios.
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Uma das propostas sugeridas foi a contratação de 7 mil militares para atuarem nos guichês de atendimento do INSS enquanto seus servidores ficam responsáveis apenas pelas análises.
Análises em andamento no INSS
Segundo o órgão, atualmente está sendo realizada uma análise parcial dos auxílios, sendo estes relacionados ao salário-maternidade e auxílio-doença.
Já as aposentadorias, categoria mais modificada com a reforma da previdência, ainda espera as atualizações dos sistemas do instituto que precisam enquadrar as novas regras para computar as contribuições responsáveis por liberar o benefício.
Um outro motivo responsável por agravar a crise, diz respeito a ausência do relatório de responsabilidade da DataPrev. Desde 2018 a empresa vem atualizando a planilha de cadastro dos beneficiários que deveria já estar nas mãos dos servidores.
Porém o trabalho ainda não foi concluído e segue sem previsão. Com tais dados o INSS otimiza o cadastro de cada beneficiário, uma vez em que conseguirá toda a sua documentação e demais informações de forma mais rápida.
Em nota, o Instituto justificou a demora na adaptação do sistema devido à complexidade e extensão das mudanças provocadas pela reforma que, segundo o órgão, “representou a maior e mais profunda reforma no sistema previdenciário do país”.