Organização divulga pesquisa sobre desemprego e índice surpreende 

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgou uma pesquisa sobre o índice de desemprego do Brasil. Os dados apontam que o país continuará com mais de 12 milhões de desempregados pelos próximos cinco anos, as criações de vagas acontecerão lentamente. 

Organização divulga pesquisa sobre desemprego e índice surpreende 
Organização divulga pesquisa sobre desemprego e índice surpreende

De acordo com a organização, a taxa de desemprego que afeta a maior economia da América Latina declina de 12% em 2019 para 11,9% neste ano de 2020.

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E apenas em 2025 cairia para 11,4%. Sendo assim, o número de desempregados diminuiria de 12,8 de 2019 para 12,6 em 2024. 

Em entrevista ao Jornal o Valor, o macroeconomista da OIT, Stefan Kuhn, afirmou que não é possível enxergar uma taxa de desocupação igual a de 2014.

“Não vemos um empurrão importante para permitir que taxa (de desemprego) volte ao que existia em 2014 ”, disse.

Em 2014, a taxa de desemprego era de 6,7% e o número de desempregados era de 6,7 milhões, praticamente metade do total atual. 

Por isso, o país terá por anos uma taxa três vezes maior que a média global que é de  5,4%. 

Para o macroeconomista, para voltar aos índices anteriores à recessão pode levar vários anos. ”Não há uma previsão de queda acelerada (do desemprego) no Brasil”, disse. 

Ele menciona o que ocorreu na Grécia e Espanha, depois das crises de 2008 e 2009. “Ainda não vimos as taxas de desemprego se reduzirem ao que existia antes”, afirmou.

Um relatório sobre empregos e questões sociais da OIT aponta um crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) na América Latina e Caribe. Porém, a falta de empregos ficará com taxa de 8,1% em 2020 e em 2021 passará para 8,2%. Com isso, o número passaria de 25,8 para 26,4 milhões de desempregados. 

A maior preocupação é com a mão-de-obra subutilizada, que chegou a 66 milhões de pessoas, ou seja, 19,9%. Além disso, o crescimento de emprego está caindo, em 2018 foram 1,8% e em 2021 serão 1,1%.

O que ganha cada vez mais força é o trabalho informal que em 2019 registrou 53,1%. Os jovens são os mais prejudicados com 17,9%, entre eles as mulheres ganham 17% a menos que os homens, podendo aumentar chegando até 25% de diferença em alguns casos.

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