As mudanças já propostas para o programa Minha Casa Minha Vida não foram muito bem recebidas pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Ele se posicionou contra algumas decisões previstas para a reformulação.
O programa está em estudo para ter mudanças, como propõe Gustavo Canuto, ministro do Desenvolvimento Regional, endossado por Paulo Guedes.
Leia também: Minha Casa Minha Vida: governo muda órgão responsável por seleção da faixa 1
Entre as pautas está a criação do sistema de vouchers para a distribuição entre beneficiários do faixa 1. E é exatamente este, um dos pontos que o presidente da Caixa Econômica não concorda.
Ele afirma que poderá haver um descontrole nos gastos do programa. Desta forma, necessitaria que houvesse uma fiscalização de milhares de empreendimentos em vez de poucos.
Ainda assim é pontuado que o risco de corrupção seria muito maior, quando levado em comparação aos dias de hoje em que a fiscalização é sobre a empresa que executa uma só obra com diversas unidades.
Guimarães destaca “Sou contra, não quero parar em Curitiba”, de acordo com o Estadão. Quando pontuado o setor “Curitiba”, o presidente faz referência às celas da Lava Jato, de quem o sogro do presidente da Caixa, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, é grande conhecedor.
Como funcionaria os vouchers no Minha Casa Minha Vida
O modelo do voucher prevê o repasse de dinheiro para um engenheiro, um arquiteto ou um técnico em edificações e esse profissional é quem faria a relação com o banco, pegaria o dinheiro, e ficaria responsável por executar a obra.
Beneficiário do Minha Casa Minha Vida, por sua vez, receberia o documento comprobatório que dá direito ao pagamento por um produto. E poderia contratar o profissional que quisessem, além de escolher a arquitetura e especificações da casa, dentro dos parâmetros do programa.
De acordo com o texto, serão três tipos de voucher no Minha Casa Minha Vida. Sendo um para comprar, outro para construir e, por fim, um para reformar.
Atualmente, o contemplado pelo programa já recebe do governo a casa pronta juntamente com a construtora.
Com a implementação dos vouchers, os moradores teriam mais autonomia para dirigir a obra. No entanto, é necessário a confirmação do projeto e a disponibilidade de verba para custear esses planos.