Atrasos no INSS atingem drasticamente benefício pago aos idosos

A crise do Instituto Nacional do Seguro Social segue prejudicando milhares de brasileiros. Entre o grupo mais atingido pelos atrasos do INSS na concessão dos benefícios, estão os idosos e pessoas com deficiência que solicitam o BPC, precisando lidar com um prazo de 195 dias, o equivalente a quase seis meses.

Atrasos no INSS atingem drasticamente benefício pago aos idosos
Atrasos no INSS atingem drasticamente benefício pago aos idosos

A suspensão e demora nas análises estão ocorrendo desde 2018, quando o INSS tornou seu serviço digital. Entretanto, o quadro vem se tornando cada vez mais grave de 2019 até hoje, acumulando mais de 2,5 milhões de pedidos.

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Um dos principais motivos diz respeito a essa mudança para um sistema digital, que ainda não se atualizou às novas regras da reforma da previdência, aprovada em 13 de novembro de 2019.

Outra falha que está colocando o instituto em crise é a falta do relatório com os dados (enviados por uma planilha digital) de responsabilidade da DataPrev.

O serviço vem sendo realizado desde 2018 e ainda não foi encerrado, fazendo com que os servidores demorem ainda mais na análise e cadastro dos beneficiários, e tornando os atrasos do INSS um ciclo vicioso.

Para poder solicitar um benefício, seja ele em qual for a modalidade, é preciso fazer um agendamento online por meio do site do INSS e é justamente esse  serviço que está suspenso desde o fim do ano passado.

Além do acumulo nas filas de espera pré agendadas que já somaram mais de 2,4 milhões de pessoas, há também aqueles que nem ao menos conseguem marcar horário no instituto, ficando totalmente impossibilitados de solicitar seus auxílios.

Possíveis soluções para os atrasos no INSS

Preocupados com a crise, o governo federal criou uma ação força-tarefa para tentar conter a situação. Para isso, 7 mil militares reservistas estarão trabalhando nas unidades físicas do INSS entre os meses de abril a setembro, de modo que permita que os servidores do instituto se concentrem só na análise e liberação dos benefícios.

Além disso, está se estudando a possibilidade de pagamentos de gratificação para aqueles que prolongarem o tempo de trabalho e também a contratação de uma empresa terceirada para finalizar o relatório iniciado pela DataPrev.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.