Mais servidores atuando na força tarefa do INSS. O governo federal anunciou, por meio de uma publicação no Diário Oficial da União, que emprestará 49 funcionários da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), para ajudarem na liberação dos mais de 2 milhões de benefícios acumulados.
Segundo o poder público, a ideia é que com mais profissionais especializados no funcionamento da previdência, o serviço seja otimizado e consiga andar mais rápido.
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A equipe da Dataprev ficará no INSS até o período de regularização da fila e depois voltarão para seus cargos de origem.
Reforço militar na força tarefa do INSS
Além dos servidores, foi anunciada também a contratação de 7 mil militares reservistas para compor a força-tarefa do INSS. Estes começarão a trabalhar a partir de abril e ficarão responsáveis pelos serviços de atendimento aos beneficiários nos guichês da instituição.
Para poderem realizar tais operações, os reservistas passarão por um treinamento com a equipe interna do INSS e deverão se familiarizar com as etapas de funcionamento das demandas.
Os salários dos oficiais irão variar, podendo chegar até R$ 13 mil, o que vem causando insatisfação nos servidores do INSS que possuem pagamento inferiores. Quanto a este grupo, eles serão afastados dos guichês para trabalharem na análise dos benefícios.
A expectativa é que até setembro a situação seja previamente normalizada. Entretanto, o governo já anunciou que não será possível zerar o número de benefícios em espera, já que, por mês, são enviadas mais de um milhão de solicitações.
Motivos dá crise na Previdência
A situação está acontecendo desde o fim de 2019, com a aprovação da reforma da previdência. Ao ser promulgada, no dia 13 de novembro, a PEC modificou as regras para liberação dos benefícios e estas mesmas ainda não foram atualizadas nos sistemas do INSS.
Além disso, há também um atraso do relatório gerado pela Dataprev que informa os dados dos cadastrados. O serviço vem sendo realizado desde 2018 e até então não foi encerrado, atrasando ainda mais as análises individuais dos aposentados e pensionistas.
É válido relembrar que, conforme estipula a lei, o prazo para a liberação de um benefício deve ser de até 45 dias. Entretanto, este foi ultrapassado e já registrou a marca de 120 dias em suspensão.