O número de famílias com dívidas no Brasil tem alçando níveis preocupantes. E mesmo com os estímulos do governo federal para aquecer a economia, o índice apresentado foi recorde em dezembro. Dados são de levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Dados apontam que 65,6% das famílias tinham tomado crédito no cartão, o procedimento foi realizado por meio de empréstimo pessoal ou financiamento.
Em comparação aos anos anteriores, no mesmo período, a parcela de famílias inadimplentes chegou a 24,5% em dezembro, contra 22,8% do mesmo período de 2018.
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O cenário é observado mesmo com os esforços do governo federal na criação de estratégias para acelerar a economia e diminuir as dívidas. Como os mutirões de renegociação, juros menores e liberação de recursos do FGTS.
Para entender a economia é preciso reconhecer que o consumo das famílias é o principal ponto deste meio e representa, também, dois terços do Produto Interno Bruto (PIB).
Especialistas defendem que para contornar os estraves observados pela inadimplência, é preciso dar continuidade nas agendas das reformas e atrair investidores para o país.
O chefe da Divisão Econômica da CNC, em entrevista ao Globo, detalha que a estratégia que deve ser tomada pelo Brasil é de continuar com a pauta de não gastar mais do que pode e realizar debates sobre reformas, a exemplo da tributária.
Desta maneira, segundo sua avaliação, será possível atrair olhares de investidores estrangeiros para o país e, como consequência, o aquecimento do mercado de trabalho com mais pessoas empregadas, trabalhando nestas novas operações no país, podem realizar a quitação de suas dívidas e aquecer a economia.
Especialistas ainda destacam que o aquecimento e os altos índices de famílias endividadas está relacionado à volta do consumo.
O economista da Vinland Capital, Victor Wong, destaca durante entrevista que este movimento é caracterizado pelos planos a longo prazo feitos pelos consumidores, sendo este um bom sinal para economia.
Outro ponto destacado para a melhora no cenário de inadimplência, é a redução de juros, com marca histórica de 4,5% ao ano. Ainda alinhado à disposição em compras.