Após um ano de mandato voltando para questões econômicas e previdenciárias, o governo Bolsonaro começou 2020 com ações direcionas para o setor social. Desde a primeira semana do ano, o ministro da cidadania, Osmar Terra, vem anunciando alterações no Bolsa Família. Entre as propostas, estão o aumento dos benefícios e a criação de novos auxílios.
Em entrevista ao Estado de São Paulo, nessa segunda-feira (13), o ministro informou que a reformulação do projeto será anunciada em breve e contará com medidas que beneficiarão mais de 13 milhões de famílias brasileiras.
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Uma das primeiras e grandes alterações do Bolsa Família são referentes ao aumento da bolsa base que passará a ser de R$ 100 e R$ 200 para as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, respectivamente.
Além disso, Bolsonaro anunciou também que criará espécies de gratificações para os jovens que desenvolverem um bom empenho escolar.
O pagamento seria feito no fim do ano para os alunos que encerrarem a série acima da média 7. Aqueles que participarem de olimpíadas acadêmicas e esportivas também se enquadrarão no pagamento.
Outra proposta diz respeito ao aumento do pagamento para as crianças recém nascidas de 0 dias de vida até seis meses. O valor do reajuste ainda não foi informado, mas segundo o presidente tem como objetivo ajudar a mãe e o filho nessa primeira etapa de vida.
Por fim, a mudança no nome do projeto para Renda Brasil marcará decisivamente as ações sociais de Jair Bolsonaro.
Segundo especialistas, ao reformular a nomenclatura que está em uso desde 2003, na época do governo petista, o presidente estaria utilizando de uma estratégia de marketing para pode ser aproximar dos eleitores de classes mais baixas.
Segundo pesquisas, a maioria das intenções de votos de Bolsonaro vem da classe A e B, enquanto as pessoas cadastradas no Bolsa Família se localizam entre a classe D.
A primeira proposta do atual governo para poder beneficiar os cadastrados ocorreu em dezembro de 2019 por meio da liberação do 13º salário.
O valor foi liberado como uma espécie de gratificação para as 13 milhões de famílias participantes do programa e movimentou bilhões na economia nacional. Foi a primeira vez em que o auxílio contou com uma parcela extra e espera-se que o mesmo ocorra este ano.