Novidades sobre a crise de funcionamento do Instituto Nacional do Seguro Social. Logo após informar que está estruturando uma ação de força tarefa para conter os atrasos na Previdência, o governo federal anunciou que contratará cerca de 7 mil militares para trabalhar no projeto. Os reservistas atuarão nos guichês das unidades de atendimento do INSS.
O comunicado foi feito nessa terça-feira (14), pelo então secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. Segundo ele, o projeto tem como objetivo liberar os servidores do INSS para trabalharem nas análises dos benefícios enquanto os militares ficam nos atendimentos.
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Marinho informou que até o fim dessa semana deverá ser publicado o decreto explicitando as regras da contratação dos oficiais. Ele disse que o planejado é que a categoria comece a trabalha no instituto a partir do mês de abril e até julho a situação esteja minimamente estabilizada.
Antes do pronunciamento do secretário, o presidente Jair Bolsonaro já tinha confirmado que iria recrutar os militares.
“Ele pretende contratar, a lei permite, servidores ou militares da reserva, pagando 30% a mais do que ele ganha, para a gente romper essa fila. Aumentou muito (a fila) por ocasião da tramitação da reforma da Previdência”, afirmou o presidente.
Prazos para o fim dos atrasos no atendimento do INSS
Apesar da força-tarefa, Marinho reforçou que ainda assim não será o suficiente para zerar a espera. Segundo ele, é impossível aprovar todos os benefícios, uma vez que todos os meses chegam cerca de mais de 1 milhão de novos pedidos.
No entanto, o secretário espera que nos próximos seis meses a quantia seja reduzida ao esperado pelo INSS mensalmente.
Atualmente, há cerca de 1,3 milhões de pedidos de auxílios congelados há mais de 120 dias, quando o prazo permitido por lei é de até 45 dias.
Os atrasos estão ocorrendo desde o ano passado, mas se agravaram com a aprovação da reforma da previdência, uma vez em que o sistema do INSS ainda não está com as novas regras.
Logo, até mesmo o atendimento do INSS para benefícios que não foram alterados com a reforma acaba sendo prejudicado.