Na sexta-feira (10) a Controladoria Geral da União (CGU) divulgou uma nota reconhecendo que errou ao trazer uma informação sobre o programa Bolsa Família. Com a divulgação inicial da Controladoria, o caso polemizou no país inteiro, apontando irregularidades absurdas no sistema.
O governo está realizando um pente-fino nos benefícios pagos pelo programa Bolsa família. Nas últimas semanas, a CGU divulgou uma lista que apontava que uma família do Distrito Federal tinha uma renda de R$27.168,60 e recebia pagamento do Bolsa.
Mas o órgão voltou atrás e reconheceu o seu erro. De acordo com a controladoria, os supostos beneficiários teriam informado uma renda de R$66. A informação incorreta foi divulgada na última segunda-feira (6).
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A CGU, informou que houve uma falha no registro do CPF do beneficiário. Com isso, a renda não condiz com a do cadastradp “o que descaracteriza a eventual inadequação de recebimento do benefício em questão.”
Conforme o divulgado na última segunda-feira (6), outras 248 famílias de servidores públicos do Distrito Federal, recebiam o benefício. Essas famílias têm a renda maior do que a permitida pelo programa, que é de R$449.
Em nota, o órgão afirmou que irá realizar a revisão em outros casos, para evitar que as famílias deixem de receber o seu benefício.
De acordo com uma auditoria do órgão, que foi divulgada em 4 de janeiro, no país seriam mais de 346 mil cadastros no programa Bolsa Família fraudados.
“Assim como essa situação, as demais possíveis inadequações de renda e/ou de cadastro estão sendo apuradas de forma tempestiva pelo Gestor do Programa, a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC), com a adoção das medidas pertinentes em cada uma das situações após sua apuração, e essas medidas têm o acompanhamento pela CGU até sua finalização.”
O órgão afirmou que “reconhece a qualidade gestão” do programa e que realizará esforços para reduzir falhas nos sistemas de cadastro.