Na última sexta-feira (10), o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Renato Vieira, disse que espera realizar a regularização dos serviços nos próximos meses. A fim de evitar que hajam mais atrasos no INSS. A questão já se tornou crise em caráter de urgência.
O INSS não têm conseguido dar conta da demanda de solicitação de benefícios. Atualmente, são mais de 1,9 milhão de pedidos de aposentadoria e outros benefícios com atrasos no INSS.
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Apesar de estimar que em seis meses o órgão dê a resposta aos solicitantes, em entrevista ao G1, Vieira disse que não é possível fixar um prazo para que essa fila seja zerada e usou como argumento que para a liberação dos pedidos não depende apenas do INSS.
“A seguir o atual fluxo, a atual produtividade do INSS, que tem demonstrado resultados positivos, sobretudo no último semestre de 2019, nós esperamos que nos próximos 6 meses a situação esteja absolutamente regularizada”, afirmou.
De acordo com dados do INSS, 1,3 milhão de solicitações aguardam uma resposta há mais de 45 dias, que é o prazo considerado como normal.
O órgão afirmou ainda que cerca de 500 mil aguardam a entrega de documentos complementares, que deve ser realizado pelo segurado.
Todos os benefícios ofertados pelo órgão estão na mesma fila, não há como passar na frente, já que são ordenados por cronologia.
O governo está realizando ações em conjunto com a Previdência Social, tentando fazer com que os benefícios que estão lá a muito tempo tenham uma resposta. A ideia é diminuir o quanto antes os atrasos no INSS.
Em agosto, chegaram a ser anunciadas novas ações para isso, mas elas ainda estão sendo estudadas pelos técnicos da Secretaria da Previdência do Ministério da Economia, do INSS e do Dataprev.
Em entrevista à TV Globo, o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que as propostas selecionadas pelos técnicos serão apresentadas na segunda-feira (13), ao ministro da Economia Paulo Guedes.
De acordo com o secretário é possível que essas medidas sejam anunciadas na quarta-feira (15), mas que mesmo com elas as filas não devem ser zeradas antes do mês de julho.
A expectativa do governo era zerar os pedidos no mês de dezembro e fazer com que o órgão já atendesse os segurados de acordo com as novas regras da previdência que está em vigor desde novembro.
Com as mudanças das regras, a corrida para dar entrada no benefício cresceu em 6% no ano passado.
O presidente do Instituto acredita que o melhor é criar uma estrutura permanente para atender a demanda e não uma solução pontual
“É importante buscar soluções permanentes e uma delas é a concessão automática de benefícios, é fazer com que o INSS conceda o benefício, análise um requerimento sem qualquer servidor. O próprio sistema faz o cálculo se o cidadão preenche os requisitos e concede o benefício já apresentando o valor que seja devido”, explica o presidente do Instituto.
Vieira afirmou que no ano passado 800 mil aposentadorias e outros benefícios foram concedidos automaticamente.