Conflito entre os Estados Unidos e o Irã segue desestabilizando a economia mundial. Nessa segunda-feira (6), o dólar apresentou mais um índice de elevação, subindo 0,15%, vendida a R$ 4,0620. Segundo os especialistas financeiros, o clima de tensão entre os dois países deverá aumentar ainda mais o valor da moeda.
Na sexta-feira (3), dia em que foi morto um importante general iraquiano após bombardeio autorizado pelo presidente dos Estados Unidos, o dólar subiu 0,82%, sendo vendido a R$ 4,0560.
Leia também: Alta do petróleo: Bolsonaro fala sobre a contenção do combustível em cenário polêmico
Até então, a parcial mensal registrou uma alta de 1,30%, porém a previsão seguirá de acréscimos.
Além das mudanças do dólar para o país, o preço dos combustíveis também passarão por reajustes. A elevação ocorrerá porque Donald Trump, presidente dos EUA, ameaçou os iraquianos caso eles obrigassem as tropas americanas a saírem do país.
É válido ressaltar que o Iraque é o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o que justifica o aumento do combustível tendo em vista sua reação contraria.
“Hoje ainda há um pouco de cautela. O mercado quer ver se essa nova tensão política no Oriente Médio vai durar ou não. No entanto, já era esperado que o Irã fosse tomar medidas e não ia baixar a cabeça para os EUA. Por isso não estamos vendo uma deterioração tão ampla do real como houve na sexta-feira”, alegou Cleber Machado, operador da Commcor.
Questionado pelos jornalistas sobre as medidas que tomaria para impedir o impacto financeiro do conflito no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro informou que, por enquanto, não tomará nenhuma decisão.
Segundo o parlamentar, sua equipe não irá interferir na briga, mas está acompanhando seriamente para evitar desgastes na Petrobras. Bolsonaro reforçou que sua maior preocupação é com a elevação do combustível, evitando que a empresa brasileira passe por mais uma crise.
“Eu reconheço que o preço está alto na bomba. Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá, o impacto não foi grande. Foi 5% e passou para 3,5%. Não sei quanto está hoje a diferença em relação ao dia do ataque. Mas a tendência é estabilizar”, afirmou.
Segundo os analistas financeiros, o conflito influenciará também na elevação da inflação que pela nona semana seguida vem crescendo de 4,04% para 4,13%. Para 2020, a expectativa é de uma redução de 3,61% para 3,60%.