Com a tensão entre Estados Unidos e Irã, provocado depois de ataque que matou um dos principais chefes militares iraniano, os preços do petróleo atingiram altos níveis. O maior desde abril de 2019.
O ataque fez com que houvesse uma interrupção no fornecimento do fóssil com as tensões regionais.
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O preço do petróleo Brent fechou com uma relação de 3,6% na última sexta-feira (3) com o valor do barril a US$ 68,60, este é o maior patamar em oito meses. Já na máxima da sessão, a commodity obteve cotação de US$ 69,50.
Nos EUA, o preço avançou 3,1%, o que representa um valor de US$ 63,05 por barril. Ainda assim, durante sessão, o máximo valor registrado foi a cotação por volta de US$ 64,09.
Um dos retratos pós divulgação da morte do militar iraquiano, foram os preços do combustível no mercado internacional registrando um crescimento de 4%.
Dados divulgados pela Administração de Informação sobre Energia (AIE) dos EUA apontam que a elevação dos preços também ocorreu na esteira da divulgação dos dados semanais dos estoques de petróleo norte-americanos que tiveram, na semana passada, a sua maior redução desde junho.
Em entrevista à Reuters, o analista do Irã na Eurasia, Henry Rome, detalhou que confrontos de nível moderado a baixo durem pelo menos um mês e provavelmente fiquem limitados ao Iraque
Na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em dados gerais, o Iraque se configura como o segundo maior produtor e exporta cerca de 3,4 milhões de barris de petróleo bruto por dia.
Em análise a atual situação, o economista da The Economist Intelligence Unit, Cailin Birch, pontua que os desentendimentos e relações instáveis entre os dois países podem acarretar em um “um conflito mais amplo”. Este é um dos maiores pontos observados pelo mercado que temem mais impasses.
“A importância deriva menos da perda potencial dos abastecimentos de petróleo iraniano (…) do que do risco de que se possa deflagrar um conflito mais amplo que arraste Iraque, Arábia Saudita e outros”, conclui o profissional em entrevista à AFP.