Salário mínimo 2020: governo antecipa resolução e divulga valor do piso

Novo ano e novo salário para os brasileiros. Nessa terça-feira (31), o Governo Federal definiu o valor do salário mínimo para 2020. A partir de agora, serão pagos R$ 1.039 mensais, o que significa um acréscimo de 4,1% em comparação a 2019. A quantia ficou abaixo do proposto em abril, por meio do projeto Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estipulava um piso de R$ 1.040.

Salário mínimo 2020: governo antecipa resolução e divulga valor do piso
Salário mínimo 2020: governo antecipa resolução e divulga valor do piso

Essa será a primeira vez em que o Brasil pagará mais de R$ 1 mil aos 49 milhões de trabalhadores que utilizam o salário como base, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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A medida provisória foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, que reforçou seu comprometimento para com a classe. Segundo ele, o acréscimo visa estimular não só a economia, como também o mercado de trabalho.

Desde o início de sua gestão, Bolsonaro vem lançando propostas trabalhistas, como o projeto Verde e Amarelo, que também entrará em vigor esse ano, e visa aumentar o número de contratações entre jovens e adultos.

A definição do reajuste foi feita levando em consideração a variação da inflação, conforme exige a Constituição. O salário mínimo precisa ser recalculado, ao menos, pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Apesar do acréscimo de mais de R$ 40, os brasileiros não devem comemorar tanto pois, segundo o Ministério da Economia, o piso do salário mínimo em 2020 contempla somente as modificações de acordo com o INPC.

“A recente alta do preço da carne pressionou a inflação e, assim, gerou uma expectativa de INPC mais alto, o que está refletido no salário mínimo de 2020”, afirmou o governo em nota.

A instabilidade do INPC interferiu também nos projetos de reformulação do salário. O governo federal voltou atrás na medida de fixar o salário e continuará fazendo sua correção ano a ano, por meio da política de reajustes.

Desde 2011, ela vem sendo executada e leva em consideração não só a inflação, como também as variações do PIB. Nos últimos dois anos, por exemplo 2017 e 2018, o valor foi modificado apenas tendo como base a inflação porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) teve retração.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.