Brasileiros poderão ter contas de energia mais baratas em 2020. A partir do dia 1 de janeiro, uma nova medida passará a entrar em vigor na hora de calcular o valor total do consumo elétrico. Intitulada de Tarifa Branca, a ação reduzirá o preço da conta de luz, considerando a energia gasta fora do horário de pico.
O projeto existe desde 2018, mas até então só podia ser usufruído por pessoas com um consumo acima de 500 kW/h.
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Aqueles que usavam a partir de 250 kW/h começaram a ser beneficiados no começo desse ano e agora o desconto vai valer para todas as unidades consumidoras de energia na baixa tensão, como residências, comércios e pequenas indústrias.
Os únicos não contemplados serão os consumidores residenciais cadastrados na subclasse de baixa renda, pois já possuem condições e cobranças diferenciadas dos demais.
Como funcionará a nova conta de luz
O valor da tarifa branca vai variar de acordo com o dia e hora da semana. Nos dias úteis, o preço da energia será dividido em momentos e cobranças distintos, sendo estes:
A tarifa vermelha: a mais cara de todas, será aplicada no horário de pico (entre 17h e 21h) e em parte da noite. Antes e depois de entrar em funcionamento, será aplicada a bandeira amarela, segunda mais cara.
A tarifa verde: aplicada fora do horário de pico, tem um preço mais baixo. Nos finais de semana e feriados, por exemplo, os usuários mesmo em casa não precisarão se preocupar com o consumo tendo em vista que o valor será reduzido.
As cobranças aplicadas para cada horário variam de acordo com a região e o período é determinado pelas distribuidoras e aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Como aderir?
Para poder começar a ser contemplado com a tarifa branca na sua conta de luz é preciso informar a distribuidora de sua região a partir de janeiro.
Ao solicitar um pedido será instalado um novo tipo de medidor que contabilizará o consumo para as diferentes faixas horárias.
Juliana Rios, da CAS Tecnologia, afirma que antes de aceitar a modalidade é preciso levar em consideração a rotina da casa.
“Os consumidores precisarão analisar se a adesão à nova forma de cobrança é vantajosa, porque será preciso alterar muitos hábitos de toda a família, como usar os eletrodomésticos em horários diferentes – principalmente o chuveiro elétrico, que consome mais energia”, explica.