Devido ao aumento de gastos com a reforma da previdência e do plano de cortes desenvolvido pelo ministro da economia, Paulo Guedes, o governo federal terá cortes orçamentários em diversas áreas ao longo de 2020. Entre os programas sociais mais afetados, estarão o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.

Para o próximo ano, o Bolsa Família terá uma redução de quase R$ 3 bilhões. O planejamento de R$ 32 bilhões de 2019 passará a ser de R$ 29,5.
Leia também: Atualização de cadastro do Bolsa Família na Bahia se aproxima do prazo final
Isso refletirá em uma maior dificuldade para que novos brasileiros sejam beneficiados e também põe em dúvida o pagamento da 13ª parcela, proposta pelo presidente Jair Bolsonaro este ano.
Mediante a quantia destinada, a expectativa é que cerca de 13,2 milhões de famílias sejam atendidas, mantendo os números estáticos em comparação a esse ano e impossibilitando a expansão do projeto.
Já no Minha Casa Minha Vida, o recurso foi reduzido pela metade e será de R$ 2,7 bilhões. Esse será o orçamento mais baixo da história do projeto que passará a contar com várias novas regras de funcionamento, como a liberação de voucher para financiamento, construção, compra de imóveis prontos e mais.
Outro programa também afetado foi o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), que basicamente irá desaparecer em 2020. Segundo a equipe de Paulo Guedes, os cursos ofertados não estão mais conectados com as atuais necessidades do mercado.
Na área da saúde, os cortes afetarão o programa de distribuição de remédios (Farmácia Popular) e também o Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto as atividades na área de cultura, ouve uma queda de 77% nas despesas.
O orçamento determinado para 2020 está em R$ 33,1 milhões, enquanto esse ano era de R$ 150 milhões. Essa será a primeira vez que o valor ficará inferior a R$ 100 milhões.
Por fim, nas leis trabalhistas, os recursos direcionados para ações de fiscalizações também foram cortados e atingiram o menor patamar da história.
Dos R$ 1,4 trilhão de despesas previstas para 2020, foram reservados somente R$ 36 milhões para operações de inspeção de segurança e saúde no trabalho, combate ao trabalho escravo e verificações de obrigações trabalhistas.