Aposentadoria dos militares: o que mudou?

Aprovado no fim de outubro, o Projeto de Lei (PL) nº 1.645/2019 modificará as regras da aposentadoria dos militares, integrantes das Forças Armadas e bombeiros. O texto faz parte do projeto da reforma da previdência que vem sendo executado desde o inicio do governo Bolsonaro.

Aposentadoria dos militares: o que mudou?
Aposentadoria dos militares: o que mudou?

Além de modificar o tempo de contribuição dos oficiais, as medidas impactaram diretamente no plano de carreira do grupo, que deverão receber suas contribuições de acordo com os cargos e patentes ocupadas.

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Entenda as principais mudanças:

Para poder se aposentar, os oficiais precisarão trabalhar por pelo menos 35 anos. Desses, 25 devem ser de serviços militares para homens e mulheres.

O pagamento da aposentadoria levará em consideração o último salário do aposentado (integralidade), tendo os mesmos reajustes dos ativos (paridade).

As pensões para os filhos e conjugues serão maiores. A reforma determinou um aumento de 7,5% da remuneração bruta para 9,5% em 2020 e 10,5% em 2021.

Todos os oficiais envolvidos nesse grupo passarão a pagar pela contribuição que incidirá em situações especificas.

Os bombeiros e policiais militares serão enquadrados nas mesmas regras de aposentadoria dos oficiais das Forças Armadas. Até então o grupo fazia parte da aposentadoria estadual.

A nova regra de transição para os militares será de 17% no pedágio em relação ao tempo restante para alcançar a idade mínima de 30 anos.

Quanto ao plano de carreira, o texto propõe uma redução de 10% do efetivo das Forças Armadas em 10 anos; quem tiver qualificações terá um pagamento de um valor extra mensal; compensação com a criação de um adicional de disponibilidade militar; e manutenção da parcela remuneratória mensal devida aos oficiais generais das três Forças Armadas.

Impactos da reforma na aposentadoria dos militares:

Segundo do Ministério da Economia, os cofres públicos economizarão cerca de R$ 10,45 bilhões nos próximos dez anos. Isso acontece porque haverá uma redução de pagamento e também reajustes nas taxas de transição de cada assegurado.

Quanto à reforma da previdência de um modo geral, ela irá gerar uma economia de R$ 800 bilhões dentro do mesmo período. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, as mudanças poderão ajudar o Brasil a lidar com crise financeira por meio de ações econômicas na aposentadoria.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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