Volta do DPVAT: STF vota contra medida de Bolsonaro

Nessa quinta-feira (19), o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a medida provisória que determinava o cancelamento do seguro obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) a partir de 2020. O projeto foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro nesse segundo semestre e estava em votação desde então.

Volta do DPVAT: STF vota contra medida de Bolsonaro
Volta do DPVAT: STF vota contra medida de Bolsonaro

O DPVAT é responsável por assegurar os motoristas e pedestres em casos de acidente de transito. Por meio dele, é possível que as vítimas recebam uma ajuda de custo para financiar os medicamentos e tratamentos hospitalares ocasionados pela batida.

Ao propor a MP, Bolsonaro previa o encerramento do seguro até o dia 31 de dezembro. Aqueles que se acidentassem posteriormente não seriam indenizados.

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Sua proposta, além de suspender o auxílio, também prejudicaria os cofres públicos, uma vez em que é por meio do DPVAT que são arrecadados recursos para pagar a produção de documentos de registro dos automóveis, por exemplo.

Segundo os parlamentares presentes no STF, o seguro possui relevância por:

Além disso, alegaram que ao acabar com o DPVAT, o governo estaria prejudicando o Sistema Único de Saúde (SUS), que recebe 50% das contribuições financeiras do seguro em nível nacional.

Sobre o julgamento do DPVAT

O relator do caso, Luiz Edson Fachin, foi o primeiro a propor a suspensão da MP. Segundo ele, o projeto deve ser discutido por meio de uma lei aprovada pelo Congresso Nacional, pois exige lei complementar. E não incluso em uma medida provisória.

Em sua fala, Fachin defendeu que cancelar o seguro obrigatório é deixar de fornecer assistência a milhões de brasileiros que em muitos casos não possuem recursos extras para custear os tratamentos e medicamentos.

Ele justificou sua opinião com dados apresentados pela Seguradora Líder, responsável por administrar o tributo. Em que foram constatados que menos de 20% do total de veículos brasileiros conseguiriam um seguro que não fosse o DPVAT.

O relator também alegou que o Brasil está entre os 10 países com maiores índices de morte no trânsito. A indenização do seguro inclui dependentes de vítimas que vão a óbito durante acidades de trânsito.

 

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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