Nesta quarta-feira (18), em entrevista aos jornalistas o ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou que o salário mínimo ficará acima dos R$1.031. Essa foi a previsão que já havia sido anunciado pela equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro.
O ministro comentou que o motivo pelo qual haverá um aumento no salário mínimo é a inflação que subiu nas últimas semanas, com isso é preciso realizar o reajuste.
“Nós não temos que formular uma política de salário mínimo. Tem gente que gosta de anunciar três, quatro, cinco anos a frente [a política para o salário mínimo]. Nós temos de anunciar para o ano seguinte, e a cláusula constitucional é garantir a inflação”, disse.
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Em seguida, o ministro se mostrou otimista sobre o verdade peso do salário federal. Com base em como a inflação pode subir até o último dia do ano de 2019, 31 de dezembro.
“Foi [anunciado] R$ 1.031, mas a gente sabe que, como INPC repicou, vai ser R$ 1.038”, declarou.
Apesar desse anuncio, o valor final do salário dependerá de como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias brasileiras de menor renda, irá se comportar até o início do próximo ano.
Ainda segundo Guedes, o governo está analisando um possível aumento real no salário mínimo para o próximo ano, porém essa decisão só será tomada de fato no dia 31 de dezembro deste ano.
Essa iniciativa do governo é para manter o poder de compra dos brasileiros que recebem um salário mínimo.
Guedes comentou que não será realizada uma política para que o salário seja reajustado nos próximo anos e que esse reajuste vai seguir anualmente conforme as condições econômicas e da inflação do país naquele ano.
Alguns fatores que ocorreram nestes meses como a alta no dólar e a disparada do valor da carne, ajudaram a inflação nos últimos trimestre d ano. No mês de novembro, o INPC fechou em alta de 0,54%, esse é o maior número desde o ano de 2015.
No mesmo dia, o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que a cada vez que o governo realiza um aumento real de 1% no salário mínimo, os cofres públicos precisam desembolsar mais de R$4,5 bilhões para custear esse acréscimo. Isso por conta de gastos como os de benefícios previdenciários dos brasileiros.