O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem realizado uma série de ações para combater as fraudes e também as irregularidades nos pagamentos dos benefício que são os principais responsáveis pelos prejuízos bilionários do órgão.
Em novembro, o governo já havia aprovado uma medida que permitia ao órgão a realização de um pente-fino nos benefícios para a identificação de irregularidades e fraudes por parte dos segurados.
Neste mês de dezembro, após o pente-fino, mais de 260 mil salários foram bloqueados por conta de irregularidades.
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Com isso, o INSS tem a expectativa de economizar R$336 milhões mensais com esses cortes. Anualmente, o valor poupado será maior ainda chegando a R$4,3 bilhões.
Em nota, o órgão informou as causas que mais foram encontradas nesses pagamentos irregulares. Incluindo o Benefício Assistencial (BPC) destinado aos servidores públicos estaduais e municipais, mas que na verdade não precisam do auxílio.
E a continuação dos depósitos para pessoas já falecidas, tendo 50% dos saques sendo feitos indevidamente pelos familiares. Também foram constatados os pagamentos para titulares com renda familiar superior ao limite exigido.
Foram encontrados casos de realização de prova de vida fraudulenta em algumas instituições financeiras e ainda, sonegação de informações.
Neste ano o órgão realizou uma mudança em uma regra que era umas das principais responsáveis pela fraude, a comunicação do falecimento de algum segurado.
Antes, os cartórios tinham um prazo de até 45 dias para notificar o INSS da morte. Isso assegurava a família do saque de até dois benefícios, nesse período de carência.
Após a mudança, o cartório tem um prazo de até 24 horas para realizar a notificação da morte do benefício. Com o processo mais rápido, a chance do Instituto pagar de forma irregular o salário diminui.
Até o próximo ano, 2020, o órgão irá contar com o apoio de bases de dados que os ajudarão a realizar esse monitoramento, trazendo mais segurança para a realização de pagamentos de benefícios àqueles que precisam.
Essas fraudes e irregularidades foram apuradas por uma equipe composta por mais de 100 servidores do INSS.