Orçamento federal 2020 mostra cenário de instabilidade

Faltando poucos dias para o recesso de fim de ano, o Congresso segue na discussão de projetos que impactarão na economia brasileira do próximo ano. Nesta segunda-feira (16), os parlamentares estarão reunidos para discutir sobre o orçamento federal de 2020. O debate vai girar em torno dos reajustes tributários e participação financeira dos municípios.

Entre os assuntos discutidos, serão analisados os impostos sobre produtos industrializados, que podem sofrer uma queda de 50% na arrecadação de cada cidade. Além disso, haverá também a adição de um ponto percentual em repasses de alguns tributos do governo federal para as prefeituras.

As medidas marcam o embate do governo federal pela queda de receitas que ainda continuarão sendo pauta ao longo de 2020. Apesar de estar marcada para hoje, a reunião se estenderá para essa terça-feira (17) e avaliará os valores destinados a partir de janeiro.

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O texto atualmente aprovado determina que as despesas dos cofres públicos corresponderão a 3,6 trilhões de reais, tendo como base o salário mínimo abaixo do inicialmente previsto, de 1.031 reais para 1.039 reais.

Mediante a esse orçamento, espera-se que haja um crescimento de 2,32% no PIB. A inflação ficará em 3,53% e o déficit primário do governo será de 124 bilhões de reais.

  • Fundo Eleitoral

Outro assunto também em evidência no orçamento federal de 2020 será o valor destinado ao fundo eleitoral. Segundo o texto, esse terá um aumento dos atuais 2 bilhões de reais para 3,8 bilhões de reais.

A quantia é destinada para as campanhas políticas em época de eleição e vem sendo seriamente criticada graças a quantidade de dinheiro público utilizada para promover os políticos.

Para as eleições de 2020, espera-se valores ainda maiores. Entretanto, o calendário eleitoral terá também que lidar com empecilhos ocasionados pela aprovação de novas reformas, como a tributária e a administrativa, que poderão travar a saída de dinheiro.

  • Superpacote econômico

Graças ao projeto de Paulo Guedes, ministro da Economia, as reformas propostas também irão alterar as prioridades do Congresso ao longo de 2020.

Apesar da previdência definida, deputados e senadores ainda terão que lidar com inúmeras decisões e modificações nos projetos deixados para resolução a partir de janeiro.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.