Fim de ano e férias são um ótimo período para aqueles que desejam viajar. Entretanto, quem estiver se preparando para sair do Brasil está preocupado com a alta do dólar. Recentemente, a moeda americana para o turismo bate seu recorde de elevação chegando a R$ 4,44 fazendo com que muitos questionem suas idas para o exterior.
Atentos a essa demanda, o portal G1 procurou ouvir especialistas para entender os reais riscos dessa elevação. Na matéria, publicada nessa quinta-feira (12), o portal apresentou algumas dicas para aqueles que ainda estão se planejando para viajar e também para quem já comprou as passagens e está com medo dos gastos lá fora.
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- Não compre o dólar de uma vez
Segundo o economista Miguel Daoud, o primeiro ponto importante é comprar a moeda aos poucos. Pela variação do câmbio, Miguel afirmou que a melhor opção é ir adquirindo o dólar em parcelas, tendo em vista que a compra pode ser mais barata posteriormente.
Ele explicou que dificilmente verá uma alteração de câmbio tão grande que implique em desvantagens catastróficas para o comprador.
Sobre a mesma dica, Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, relembra que mesmo que a viajem já esteja marcada, se houver tempo de ir comprando até a última semana o risco ainda assim é melhor do que investir tudo de uma única vez.
“Mesmo se na última hora o valor do dólar cair. Mas vai que ele aumenta? Se for o caso dele aumentar muito, boa notícia: o que você já comprou aos poucos vai ser num valor médio. Caso caia, você pode comprar mais depois” explicou.
Daoud ainda falou sobre a importância de alternar as casas de câmbio, relembrando que cada uma pode apresentar valores diferentes graças aos reajustes e taxas de serviços de cada. Para ele, pesquisa bem antes de finalizar a compra é uma boa chance para economizar.
- Evite compras no cartão de crédito
Ambos os especialistas alertaram para as compras no cartão de crédito. Eles afirmam que trata-se de uma decisão arriscada tendo em vista que o calculo do câmbio não é feito no dia da compra, mas sim no encerramento da fatura.
Quem optar pelo uso do cartão terá que lidar também com o valor do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que resultará em uma elevação de preço ainda maior.
“É uma roubada. Primeiro porque vai pagar 6,38% de IOF no montante da sua compra. Se você comprar em espécie, o risco é maior por conta da volatilidade do dólar, mas você vai pagar 1,10% (de imposto). Você já sai ganhando comprando em espécie”, finalizou o especialista.