Nesta segunda-feira (2), em cerimônia na Caixa Econômica Federal, o presidente Jair Bolsonaro disse que a taxa da Selic, taxa básica de juros do Brasil, pode ser colocada a pelo menos 4,5% ao ano.
Atualmente a taxa se encontra em 5% de juros ao ano. O resultado foi definido após uma reunião em outubro no Comitê de Política Monetária (Copom), reduzindo a taxa a sua mínima histórica.
O presidente disse que a baixa nos juros irá acontecer sem intervenção política, como era feito antes e ainda disse que apoia o projeto de lei que garante ao Banco Central autonomia na definição da política de juros.
Leia também: BC limita em 8% juro do cheque especial, mas permite cobrança de tarifa
Segundo o portal UOL o presidente da República, declarou que o presidente do Banco Central não tem pressa na aprovação da lei que está no Congresso, pois já se sente independente.
De acordo com Bolsonaro, após ser questionado sobre os trâmites de aprovação de projetos relacionados a taxa de juros. Roberto Campos Neto, responsável pelo BC, afirmou ao presidente que nesse mandato ele sente mais independência na tomada de decisões.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também acompanhou a cerimônia. Guimarães afirmou que, caso sejam confirmadas as previsões de baixa na taxa Selic, o banco vai acompanhar essa definição e trará novos cortes nos juros cobrados aos clientes.
Segundo o presidente do banco, a rede pretende fortalecer sua atuação no oferecimento de microcrédito a pessoas mais pobres. Pedro afirmou que a Caixa trará novas soluções para a oferta de microcrédito, atendendo pelo menos de 20 a 30 milhões de pessoas.
“Num país que tem 3% de inflação ao ano e 5% de juros ao ano, não é correto você cobrar exatamente daquele mais humilde 10%, 15%, 20%”, completou Guimarães.
A próxima reunião do Copom está marcada para a semana que vem, no dia 10 de dezembro.