Nesta quarta-feira (27), a Petrobras, principal estatal de exploração petrolífera no Brasil, elevou o preço médio da gasolina nas refinarias em 4%. Essa foi a segunda alta no combustível, já que na última semana a petrolífera havia aumentado o preço em 2,8%, após 50 dias sem alteração em seu preço.
A Petrobras decide sobre os preços dos combustíveis com base em fatores como a cotação internacional do petróleo e o câmbio. Esse sistema está em vigor desde setembro do ano passado, 2018.
Com isso, é possível observar que essa alta, se deu por conta do aumento na moeda norte-americana e do avanço no valor do combustível no mercado internacional.
Segundo dados da estatal colhidos pela Reuters, com a alta, a gasolina atingiu cerca de R$1,92 por litro, uma máxima desde o fim de maio, quando chegou a aproximadamente R$1,95 por litro.
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Apesar dessa alta na gasolina, o diesel se manteve estável, conforme o informado pela estatal em seu site.
Na véspera desse aumento da gasolina, o dólar fechou em alta de 0,63%, indo a R$4,2394, com isso a moeda renovou sua máxima nominal, após as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Com o aumento, que vem tendo uma crescente nos últimos dias, o dólar acumula alta de 5,73% ante o real na parcial do mês. No ano, o avanço é de 9,43% frente ao real.
A gasolina também se encontra em crescimento no mercado internacional, influenciando os preços da petroleira estatal, na qual teve acréscimo de 6,3%, no acumulado desde o último reajuste da Petrobras.
O repasse desse aumento do preço da gasolina ao consumidor final irá depender das distribuidoras e também dos postos de combustível.
A última pesquisa que foi divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), aponta que o preço médio da gasolina nos postos do país na última semana, do dia 23 de novembro ficou em R$ 4,413. Mostrando que a elevação foi de 0,14%, frente à semana anterior, na qual o preço era de R$ 4,407.
Segundo a Petrobras, o valor da gasolina nas refinarias equivale a 25% do total. Os outros 16% são da distribuidora e dos postos de combustível, e os 59% restantes são de impostos.