Bons frutos do FGTS. Além de proporcionar um natal mais folgado para inúmeros brasileiros e movimentar o setor de vendas, o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) vem criando expectativas quanto ao aumento do PIB nacional. Segundo o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, a previsão é que haja um reajuste de 0,9%.
Em entrevista ao Valor Econômico, Waldery afirmou que os saques estão impactando de forma positiva na economia do país. Em sua fala, afirmou que o Ministério da Fazenda está trabalhando de modo que possa articular a proposta do pacto federativo, interferindo nas regras para emergência fiscal e nas reformas dos fundos.
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Rodrigues lembrou também que as reformas tributárias e da Previdência devem proporcionar melhorias no PIB. Segundo ele, sua equipe está articulando, em parceria com senadores, assessores e consultores legislativos medidas para proporcionar um cenário tributário mais positivo para os brasileiros. “A evolução [com os relatores] tem sido muito proveitosa”, afirmou.
Ele pontua que, por meio da simplificação dos tributos federais, haverá mudanças cruciais na economia nacional. “Já existe um consenso e detalhamento muito grande na reforma tributária, especialmente a simplificação dos tributos federais”, disse.
Somente esta semana, o governo informou que deve liberar mais R$ 14 bilhões que estão congelados em seu orçamento. Caso aconteça, isso movimentará ainda mais as agências bancarias, comércios, entre outros serviços.
Opinião dos especialistas sobre o PIB
Economista da LCA Consultores, Vitor Vidal pontua que o impacto da liberação do FGTS sobre o PIB pode ser maior do que quando realizado no governo de Michel Temer. Ele afirma que os números positivos devem estar associados ao baixo índice de inadimplência das famílias, se comparar a 2017.
Durante o governo Temer, foram realizados saques de cerca de R$ 44 bilhões em contas inativas. Vidal relembrar que, em pesquisa feita pelo Ibre/FGV, comprovou-se que 40% desses recursos foram utilizados para pagar dividas.
Já a economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Marianne Hanson, estima que o impacto tende a ser ainda maior mediante ao andamento da reforma da Previdência. Ela defende que, os reajustes salariais e suas taxas deverão impactar no cenário econômico.