As estatísticas reforçam o motivo pelo qual a região do Nordeste é a maior beneficiada pelos auxílios do Bolsa Família. Desenvolvido para ajudar os cidadãos com renda mensal de até R$ 89,00, o programa tem como objetivo garantir o direito à moradia, saúde, alimentação e educação.
O recorde de pessoas localizadas em situação de extrema pobreza vem aumentando gradativamente em todo o território brasileiro. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país se encontra em uma de suas piores situações de crise econômica.
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A pesquisa revela que, somente em 2018, 13,5 milhões de cidadãos estavam vivendo abaixo da linha extrema da pobreza, sendo o Nordeste a área mais afetada, com 7,7 milhões de pessoas.
Atualmente, o programa de transferência de renda, o Bolsa Família, conta com mais de 13 milhões de famílias registradas no Cadastro único. E oferece benefícios que variam de R$ 89,00 até R$ 240, a depender da situação e estrutura familiar dos beneficiários.
Liberada pelo Ministério da Cidadania, a tabela do programa mostra que entre os estados nordestinos a Bahia apresenta o maior número de famílias cadastradas, contabilizando um recebimento de R$ 332.058.293,00 somente durante este mês de novembro de 2019.
Já em segundo lugar, Pernambuco conta com 1.129.047 cadastros, recebendo R$210.126.867,00 no mesmo período. Na sequência, estão os estados do Ceará, Maranhão, Paraíba Piaui, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe, acumulando um valor total de R$ 1.321.841.041,00.
Segundo o IBGE, são considerados moradores em situação de extrema pobreza aqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, o que corresponde a aproximadamente R$ 145 por mês.
Cortes e reajustes no Bolsa Família
Apesar de ser a região com o maior número de cadastro, o Nordeste vem se mostrando cada vez mais afetados com os reajustes feitos, pelo Governo Federal, nos últimos 11 meses. A medida de análise, realizada desde janeiro, vem reduzindo consideravelmente a quantidade de nordestinos que teriam o direito de receber o benefício.
Intitulada de “pente-fino” trata-se de uma ação cujo objetivo é diminuir os números da folha de pagamento da União que estejam atrelados ao Bolsa Família. Segundo o Ministério da Cidadania, ao cortar os valores extras o governo visa remanejar tais investimentos para aqueles que estão precisando de auxílios.
Entretanto, exceto pela autorização do 13º salário, liberado a partir do mês de dezembro, estes brasileiros seguem sem perspectivas de melhoria no que diz respeito a sua qualidade de vida.
Fim da pobreza
Segundo o IBGE, mesmo considerando o atual cenário econômico, seria possível erradicar a extrema pobreza brasileira com um investimento mensal de R$ 1 bilhão. Para concluir tal afirmação, o instituto considerou que recebendo R$ 76 a mais por mês, os cidadãos abaixo da linha da pobreza poderiam sair dessas estatísticas.