O Departamento de Trânsito de Minas Gerais está contando com um serviço especial para detectar fraudes na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O sistema de reconhecimento fácil dos motoristas tem como objetivo reduzir o número de crimes relacionados a clonagem, falsificação e estelionato no processo de emissão da CNH. A medida está em funcionamento desde o dia 21 de outubro e o DETRAN MG já detectou dois possíveis casos de estelionato.
Chefe da Divisão de Habilitação da cidade, a delegada Flávia Portes explica que o projeto prevê uma maior segurança para todos os motoristas, uma vez em que muitos têm suas documentações copiadas por gangues criminosas que atuam na falsificação de documentos.
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Segundo ela, a violação mais comum envolvendo o Detran é quando os condutores são pegos utilizando uma CNH invalida, feia fora do órgão oficial.
Para detectar os infratores, a tecnologia utilizará da biometria coletada pelo próprio Detran. Os dados dos motoristas locais passaram a ser registrados automaticamente no banco de informações do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach), possibilitando a consulta e confirmação da identidade caso seja necessário.
Ao comparar as informações, se for detectado um percentual de similaridade superior a 93%, o documento terá sua emissão na hora.
Caso o percentual seja inferior, a comprovação precisará ser feita manualmente por um funcionário do Detran e somente após a checagem a CNH terá autorização para ser emitida.
“Assim, quando a pessoa for solicitar a emissão de um novo documento, como segunda via, por exemplo, ele será submetido a uma nova coleta de fotografia e o sistema de reconhecimento facial irá verificar se há similaridade entre esta imagem recém coletada e aquela já cadastrada no banco nacional”, detalha a delegada.
Além disso, o programa também contará com a captura de imagens. Caso o candidato tenha fotografias anteriores aos últimos dois anos, precisará solicitar a emissão de um novo documento. Nesse caso, basta ir até a unidade do Detran MG ou qualquer outra clínica médica credenciada para solicitar uma coleta gratuita.
“O sistema prima por um banco de dados com fotos o mais atualizadas possível, então, o reaproveitamento de uma foto já existente no cadastro nacional só irá acontecer se ela tiver sido coletada há, no máximo, dois anos”, completou a oficial.