No início do mês de novembro o Banco Santander comprou a fintech britânica Ebury, especializada em câmbio e comércio exterior para empresas de pequeno e médio porte. A aquisição foi feita na segunda-feira (4), e o valor pago pelo Santander foi de 350 milhões de libras esterlinas, aproximadamente 400 milhões de euros.
A iniciativa dessa compra faz parte da estratégia do banco espanhol de crescer por meio de novos empreendimentos.
Leia também: Santander Free: conheça o cartão de crédito sem anuidade do Santander
No cenário internacional o banco pretende se consolidar como opção para as pequenas e médias empresas no processo de internacionalização, ou para quem deseja manter negócios no exterior.
A Ebury tem operações em 19 países e 140 moedas, a empresa cresceu anualmente 50%, nos últimos três anos, o que representa um crescimento médio.
No ano passado, a empresa processou 16,7 bilhões de euros em pagamentos para 43 mil clientes.
Sua sede, localizada no Reino Unido, opera em uma plataforma de distribuição baseada em um modelo negócios digitais.
O CEO do Grupo Santander, Sergio Rial, acredita que o Brasil é um dos mercados que mais tem potencial para a internacionalização de suas pequenas e médias empresas.
A empresa continuará atuando como uma unidade independente, nos moldes de Getnet, maquininha de pagamento que também faz parte do grupo. O banco inicia sua expansão internacional pelo México e tem planos de se expandir para América Latina e para a Europa.
O Santander trabalha com 1,2 milhão de comerciantes no mundo todo, esses comerciantes movimentam 150 bilhões de euros ao ano, fazendo com que o banco fique entre os 10 principais adquirentes no mundo em volume.
Para facilitar o crescimento e internacionalização das PMEs, o Grupo Santander lançou, no começo deste mês, em conjunto com outros bancos internacionais, a Trade Club Alliance, uma rede global exclusiva que tem como meta tornar o comércio internacional mais simples ao interligar as empresas por meio de uma plataforma totalmente digital.
Do valor pago, serão separados 70 milhões de libras esterlinas que representarão novas ações primárias, como apoio para o plano da Ebury de ingressar em novos mercados na América Latina e Ásia, nos próximos anos.
O Santander espera que o retorno seja de mais de 25% do capital investido até o ano de 2024. A ideia de investir em um fintech que priorizasse as pequenas e médias empresas foi estrategicamente pensada. Conforme explicou a presidente executiva do Grupo do Banco Santander, Ana Botín.
“As pequenas e médias empresas são um importante mecanismo de crescimento em todo o mundo, porque criam novos postos de trabalho e contribuem com até 60% do emprego total e até 40% do PIB nacional nas economias emergentes”, afirma Botín.