Como saque do FGTS influencia no crescimento da economia

O saque do FGTS vem movimentando a economia do país. Iniciado desde setembro, o benefício está alegrando os brasileiros que não contavam com essa renda extra em pleno período de fim de ano. A atual retirada é equivalente ao chamado saque-imediato, medida autorizada pelo governo Bolsonaro que concede o valor de R$ 500 para os trabalhadores cadastrados no INSS.

Como saque do FGTS influência no crescimento da economia
Como saque do FGTS influência no crescimento da economia

Ao todo, durante os últimos quarenta dias, já foram retirados mais de R$ 15,4 milhões para cerca de 37,3 milhões de brasileiros. O calculo diz respeito tanto aos beneficiários que não possuem conta poupança na Caixa – recebendo antes dos demais – como aqueles que não têm cadastro algum no banco e começaram a sacar a partir do dia 18 de outubro.

Saiba mais: Saldo total da sua conta do FGTS pode aumentar valor do saque

O pagamento, até então previsto para o ano de 2020, foi antecipado liberando o auxílio para todos os contemplados até dezembro deste ano. Ao permitir essa liberação, a Caixa projeta cerca de R$ 40 milhões na economia nacional somente em 2019. Segundo Pedro Guimarães, presidente do banco, a antecipação do calendário foi fruto direto do uso da tecnologia e do bom andamento das liberações anteriores.

Ele explica que, apesar da liberação e grande divulgação a respeito do benefício, dos 96 milhões de trabalhadores que têm o direito de receber a quantia, cerca de 29 milhões não devem ir até a Caixa para pegar o recurso. Em entrevista, Guimarães afirmou que uma média de 70% dos cotistas do FGTS devem procurar a estatal para receber o dinheiro.

Saque do FGTS e o impacto na economia

Segundo dados realizados pelo governo federal, a liberação do FGTS deve injetar cerca de 28 bilhões na economia de 2019 e 12 bilhões ainda em 2020. Por se tratar de um período de fim de ano, espera-se que os valores movimentem o comércio, considerando as compras natalinas.

Quanto as expectativas dos comerciantes, Cid Alves, presidente do Sindicato dos Lojistas do Distrito Federaç, afirma ser um cenário extremamente positivo e otimista, trazendo benefícios para ambos os lados. “Cada um dos que recebe, tendo R$ 500 na mão, claro que vai fazer compras no varejo ou pagar dívidas e voltar ao mercado consumidor”, afirmou.

Cuidado com os gastos

De qualquer forma, é importante manter-se atento para que o benefício não seja usado de forma indevida. Calcular o valor das compras para que o mesmo não ultrapasse a quantia recebida é um exercício crucial.

Analisar os débitos e contas pendentes também. Esse valor “extra” pode ser uma ótima alternativa para reorganizar as finanças e tirar o nome do vermelho.