Há seis anos, um homem em Wuhan, na China, começou a apresentar sintomas respiratórios que, à época, não despertaram grande preocupação.
Então, ele procurou atendimento médico com sinais de pneumonia. Contudo, ainda não havia qualquer suspeita de que aquele quadro marcaria o início da maior crise sanitária do século.
Somente semanas depois, quando outros pacientes apareceram com sintomas semelhantes, os médicos passaram a perceber um padrão incomum.
A situação ganharia outra dimensão rapidamente, até que o mundo inteiro passaria a falar de um novo vírus estranho.
Quando o primeiro caso foi reconhecido oficialmente?
As autoridades chinesas reconhecem que os primeiros casos oficiais de uma nova pneumonia começaram a ser investigados em dezembro de 2019.
Porém, estudos posteriores apontaram que pessoas já apresentavam sintomas em novembro.
Registros médicos sugerem que o possível primeiro paciente teria adoecido no dia 17 de novembro de 2019.
Ainda assim, não houve, naquele momento, identificação pública ou anúncio de emergência.
Inicialmente, o caso foi tratado como uma pneumonia comum. Apenas quando a quantidade de pacientes cresceu rapidamente em hospitais locais, o alerta começou a soar.
Qual foi o papel do mercado de Wuhan?
Boa parte dos primeiros infectados tinha vínculo com o Mercado Atacadista de Frutos-do-Mar de Huanan, em Wuhan.
Por isso, inicialmente acreditou-se que o surto tivesse origem em animais vendidos no local.
Entretanto, posteriormente, ficou claro que nem todos os pacientes frequentaram o mercado. Isso levantou a possibilidade de que o vírus já estivesse circulando antes mesmo de se concentrar ali.
Desse modo, o espaço passou a ser visto como um ponto de disseminação e não, necessariamente, como o local exato de origem.
Quando o mundo foi alertado?
A cronologia oficial mostra que:
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Em 31 de dezembro de 2019, a China notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Em 7 de janeiro de 2020, o novo vírus foi identificado.
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Em 11 de março de 2020, foi declarada a pandemia oficial.
A partir daí, fronteiras se fecharam, voos foram cancelados e milhões de pessoas entraram em quarentena.
As sequelas que ficaram no mundo
A pandemia deixou marcas profundas. Foram milhões de mortes, sistemas de saúde sobrecarregados e uma corrida inédita por vacinas.
Além disso, os impactos psicológicos, sociais e econômicos continuam sendo sentidos até hoje.
Seis anos depois, aquele paciente anônimo em Wuhan simboliza o início de uma transformação global cujo impacto ainda ecoa diariamente.
