A Vivo encerra serviço histórico no país e marca oficialmente o fim de uma era nas telecomunicações brasileiras. A operadora confirmou que, a partir de 31 de dezembro de 2025, deixará de atuar como concessionária do serviço de telefonia fixa, encerrando o modelo público do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC). A mudança foi formalizada após a assinatura do Termo Único de Autorização com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Adeus à concessão da telefonia fixa da Vivo
Com a decisão, a Vivo deixa para trás o regime de concessão — criado após a privatização do sistema Telebrás, nos anos 1990 — e passa a operar exclusivamente sob o modelo de autorização, que segue regras mais flexíveis e alinhadas à realidade atual do mercado.
Na prática, isso significa que a telefonia fixa tradicional deixa de ser uma obrigação regulatória para a empresa. Ou seja, a empresa não precisa mais oferecer o serviço.
O STFC exigia das operadoras metas rígidas de universalização, controle tarifário e manutenção de linhas, mesmo em regiões com baixa demanda. Com o avanço da telefonia móvel, da internet banda larga e das tecnologias digitais, esse formato se tornou cada vez mais caro e pouco eficiente.
Encerramento de um modelo com mais de 20 anos
A mudança representa o encerramento de um ciclo que durou mais de duas décadas. A própria Anatel reconheceu que o modelo de concessão já não acompanha os hábitos da população, que hoje prioriza celulares, aplicativos de mensagens e serviços online.
A Vivo é a primeira grande operadora a concluir essa migração, abrindo caminho para que outras empresas sigam o mesmo processo nos próximos anos. O foco do setor agora está em conectividade, dados, fibra óptica e redes móveis de alta velocidade.
Investimentos e contrapartidas assumidas
Apesar do fim da concessão, a operadora assumiu compromissos importantes como parte do acordo com a Anatel. A Vivo se comprometeu a investir cerca de R$ 4,5 bilhões ao longo dos próximos 20 anos, com foco na modernização da infraestrutura de telecomunicações no país.
Entre as principais ações previstas estão:
- Expansão da rede de fibra óptica em mais de 120 municípios;
- Ampliação da cobertura de telefonia móvel em cerca de 650 localidades, muitas delas atualmente sem acesso adequado;
- Manutenção do serviço de telefonia fixa em 373 cidades onde a Vivo é a única operadora, pelo menos até 2028.
Essas medidas visam garantir que regiões menos atrativas economicamente não fiquem desassistidas durante a transição.
O que muda para os clientes da Vivo
Para a maioria dos consumidores, o impacto tende a ser pequeno no curto prazo. Quem ainda utiliza telefone fixo continuará tendo acesso ao serviço, especialmente nas cidades onde não há concorrência. No entanto, a tendência é que a telefonia fixa tradicional seja gradualmente substituída por soluções digitais e integradas à internet.
Já para o mercado, a mudança representa mais liberdade para a operadora direcionar investimentos, lançar novos serviços e acelerar projetos ligados à fibra, ao 5G e à conectividade avançada.
Novo cenário para as telecomunicações
A decisão reforça uma transformação estrutural que acontece no setor de telecomunicações brasileiro. O foco deixa de ser a telefonia fixa e passa a ser a conectividade digital, com redes mais modernas, maior velocidade e serviços baseados em dados.
Mesmo com o novo modelo, a Anatel seguirá acompanhando a atuação da Vivo, fiscalizando a qualidade dos serviços e podendo aplicar penalidades em caso de descumprimento das obrigações assumidas.
Assim, o encerramento da concessão do telefone fixo não representa uma saída da Vivo do Brasil, mas sim uma virada de chave: o fim de um serviço que marcou gerações e o início de uma fase totalmente voltada ao futuro digital. Fique atento ao FDR para saber mais informações sobre as mudanças dos serviços ofertados no Brasil!





