Na manhã desta quinta-feira (11), a Grande São Paulo amanheceu com mais de 1,5 milhão de imóveis sem energia, com mais de um milhão na capital paulista. Isso foi causado por fortes rajadas de vento, que ultrapassaram os 98 km/h, afetando especialmente a região da Lapa, na Zona Oeste.
O evento climático, decorrente de um ciclone extratropical que se formou no Sul do Brasil, causou uma série de transtornos, incluindo apagões e impactos no transporte.
O impacto da ventania em SP
O ciclone causou danos significativos no sistema elétrico, com a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia na região, reportando que 1.542.030 imóveis estavam sem energia até o início da manhã desta quinta-feira.
Além dos apagões, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que 218 semáforos estavam apagados e 14 apresentaram falhas, o que agravou a situação do trânsito em algumas áreas. A lentidão na cidade chegou a 52 km de congestionamento às 6h.
A falta de energia também afetou o abastecimento de água em várias partes da cidade, o que deixou muitos moradores em situação difícil.
A tempestade ainda causou transtornos nos aeroportos: no Aeroporto de Congonhas, 13 voos foram afetados, com cancelamentos de decolagens e pousos, e no Aeroporto Internacional de Guarulhos, diversos voos foram remanejados ou cancelados.
O que fazer em caso de falta de energia?
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) já possui diretrizes para proteger os consumidores em situações como essa. Caso o fornecimento de energia seja interrompido por mais de 24 horas em áreas urbanas ou 48 horas em áreas rurais, os consumidores têm direito a compensações financeiras. Essa compensação será realizada por meio de um abatimento na conta de energia, o que visa minimizar os impactos do transtorno.
Além disso, a ANEEL exige que as distribuidoras de energia mantenham os consumidores informados sobre o motivo das interrupções e o tempo estimado para o restabelecimento dos serviços. As empresas devem comunicar essas informações dentro de 15 minutos após a identificação da causa da falha ou até uma hora, se a causa ainda não estiver totalmente apurada.
Compensações e direitos do consumidor em caso de falta de energia
Se a falta de energia for prolongada, você tem o direito de pedir um ressarcimento pelos danos causados à sua residência, como prejuízos com eletrodomésticos danificados. No entanto, será necessário comprovar que a interrupção foi diretamente responsável pelos danos aos seus bens.
A distribuidora, por sua vez, tem a obrigação de revisar seus Planos de Contingência, implementar melhorias no sistema de comunicação com os consumidores e garantir maior resiliência no fornecimento de energia.
A ANEEL também determinou que as distribuidoras realizem a poda de árvores e outras ações preventivas para evitar interrupções causadas pela queda de vegetação nas redes elétricas. No futuro, a instalação de tecnologias mais avançadas, como drones e sensores inteligentes, ajudará na identificação de áreas de risco e permitirá uma resposta mais ágil às situações de emergência.
Fique atento: direitos e deveres
Para que seus direitos sejam garantidos, é importante que você saiba o que fazer em caso de falha no fornecimento de energia elétrica. Se você sofrer qualquer tipo de dano ou ficar sem energia por mais de 24 horas (nas áreas urbanas), não hesite em entrar em contato com a distribuidora e solicitar a compensação. Além disso, sempre que ocorrer uma falta de energia, a distribuidora deve fornecer informações claras e precisas sobre o status da situação.
A ANEEL tem se mostrado comprometida em melhorar a comunicação e a infraestrutura para mitigar os impactos de eventos climáticos extremos, mas é importante que o consumidor também esteja atento aos seus direitos e exija o cumprimento das normas estabelecidas. O objetivo é garantir um fornecimento de energia mais eficiente e resiliente, protegendo tanto os consumidores quanto a infraestrutura elétrica.
Com o agravamento de eventos climáticos extremos, como a ventania que atingiu São Paulo, é essencial que os consumidores conheçam seus direitos para agir rapidamente. Além das compensações financeiras previstas pela ANEEL, as distribuidoras devem melhorar a comunicação e prevenir novos problemas, garantindo que a população tenha energia elétrica com mais segurança e estabilidade.





