O spoofing é uma técnica usada por golpistas para falsificar a origem de ligações, mensagens ou e-mails, fazendo com que a comunicação pareça vir de uma fonte confiável.
Na prática, o criminoso consegue mascarar o número exibido no telefone da vítima, simulando centrais bancárias, empresas conhecidas ou até órgãos públicos.
Esse tipo de fraude se tornou especialmente perigoso porque explora a confiança do usuário.
Ao ver um número conhecido, a pessoa tende a atender a ligação e seguir instruções sem desconfiar, o que facilita o roubo de dados pessoais, senhas e até dinheiro.
Nos últimos anos, o spoofing passou a ser amplamente usado em golpes bancários, muitas vezes combinado com engenharia social e abordagens cada vez mais sofisticadas.
Como o golpe funciona na prática?
No spoofing telefônico, os criminosos utilizam sistemas digitais e chamadas via internet (VoIP) para alterar o identificador de chamadas.
Assim, o telefone da vítima mostra um número legítimo, mesmo que a ligação venha de outra origem. Entre os golpes mais comuns estão:
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Falsas ligações de bancos alertando sobre “compras suspeitas”.
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Pedidos para confirmar dados pessoais ou códigos enviados por SMS.
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Orientações para transferências via Pix “para bloqueio preventivo”.
É importante destacar que o spoofing é a técnica de falsificação, enquanto o golpe em si costuma ser enquadrado como phishing ou fraude financeira.
Por que o spoofing entrou no radar da Anatel em 2025
O tema ganhou força no final de 2025 logo após alertas públicos de grandes bancos, como o Itaú, sobre o aumento de golpes feitos com números oficiais, como linhas iniciadas em 3004 e 4004.
Esses casos mostraram que algumas empresas e operadoras estavam permitindo, mesmo que indiretamente, o uso indevido de numeração telefônica.
Isso levou a Anatel a agir de forma mais dura, visando fechar brechas técnicas exploradas por golpistas.
Quais medidas a Anatel adotou contra o spoofing
A Anatel determinou novas regras que passam a valer a partir de 2026, com foco em responsabilizar operadoras e intermediários. Entre as principais medidas estão, assim:
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Bloqueio de operadoras que facilitarem chamadas com identificação falsa.
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Proibição do aluguel ou cessão irregular de números telefônicos.
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Exigência de vínculo entre o número e o chip físico (IMSI), dificultando o uso fraudulento via VoIP.
Em caso de descumprimento, as punições podem incluir bloqueio de interconexões por até três meses.
O que muda para você no seu dia a dia?
Para o usuário final, as medidas tendem a reduzir o volume de golpes, mas não eliminam totalmente o risco.
Bancos e autoridades reforçam que nenhuma instituição solicita senhas ou transferências por telefone.
Desconfiar de ligações inesperadas, desligar e procurar o canal oficial são atitudes essenciais para evitar prejuízos.
