A Realbotix apresentou na CES 2025, em Las Vegas, o robô humanoide Melody, uma tecnologia desenvolvida para oferecer companhia emocional a pessoas que vivem sozinhas.
Em tamanho real e com aparência extremamente realista, a robô chamou atenção por simular comportamentos humanos como contato visual, conversas naturais e memória personalizável.
Diferente de assistentes virtuais comuns, Melody não responde apenas comandos. Ela é programada para manter diálogos contínuos, lembrar preferências pessoais, reconhecer rostos e reagir de forma contextual.
Com isso, a empresa aposta que o robô pode ajudar a reduzir quadros de solidão e isolamento social, problemas cada vez mais comuns no mundo moderno.
O que a Melody é capaz de fazer
A tecnologia da robô inclui câmeras nos olhos para rastreamento de movimentos e foco visual, além de sensores faciais que permitem simular expressões. A interação acontece por meio de inteligência artificial integrada, capaz de personalizar comportamentos conforme o perfil do usuário.
Outro diferencial é o caráter modular do projeto. Melody pode ser desmontada, transportada em módulos e até customizada visualmente. Assim, a empresa informa que o sistema é compatível com diferentes plataformas de IA, permitindo adaptar funções, linguagem e estilo de conversa.
Além disso, a robô não foi apresentada apenas como companhia pessoal. A Realbotix também aponta aplicações futuras em áreas como atendimento ao público, educação e acompanhamento social de idosos.
Preço alto e preocupações levantam debate
Embora impressione, Melody está longe de ser acessível. O valor estimado ultrapassa US$ 170 mil, o que transforma, desse modo, a novidade em um produto restrito a poucos compradores.
Outro ponto que gera discussão é o impacto emocional da tecnologia.
Especialistas alertam para o risco de dependência afetiva, isolamento social agravado e confusão emocional entre vínculos humanos e relações artificiais.
Também entram em pauta temas como privacidade de dados, limites éticos e segurança das informações pessoais armazenadas pela robô.
A empresa, por outro lado, afirma que o objetivo não é substituir relações humanas, mas oferecer suporte emocional em ambientes onde a solidão é constante.

Avanço tecnológico ou risco social?
Melody, sem dúvida, representa um salto no desenvolvimento da chamada robótica social, área focada na interação emocional entre humanos e máquinas.
Enquanto uns veem uma solução inovadora para o isolamento, outros enxergam um alerta sobre até onde a tecnologia deve ir quando o assunto envolve sentimentos.
Independentemente das opiniões, uma coisa é clara: a robô da Realbotix marca um novo capítulo na relação entre pessoas e máquinas, levantando questões que vão muito além da tecnologia.





