A Amazon Web Services (AWS) é a divisão de computação em nuvem da Amazon. Assim, ela oferece infraestrutura digital para empresas do mundo inteira. Ou seja, desde armazenamento de dados e hospedagem de sites até sistemas de inteligência artificial e segurança cibernética.
Na prática, a AWS é o “coração digital” de milhares de negócios. Em vez de cada empresa manter seus próprios servidores, ela aluga espaço e poder de processamento da Amazon.
Isso reduz custos, amplia a velocidade de crescimento e garante estabilidade técnica, até que algo saia do ar.
Por que tantas empresas usam a nuvem da Amazon?
A AWS é popular por três razões principais: escala, confiança e eficiência.
-
Escala: empresas podem crescer sem comprar novos equipamentos.
-
Confiança: a Amazon tem data centers espalhados pelo mundo, o que garante alta disponibilidade.
-
Eficiência: os serviços são pagos conforme o uso, o que torna o modelo acessível até para startups.
Grandes plataformas como Snapchat, Fortnite, Signal, Coinbase, Disney+, Netflix, Airbnb e até serviços da própria Amazon utilizam a AWS para rodar suas operações.
Ou seja, se a AWS falhar, boa parte da internet sente o impacto imediatamente.
O que aconteceu com a AWS em outubro de 2025?
No dia 20 de outubro de 2025, uma falha na região US-EAST-1 (Virgínia, EUA) provocou instabilidade global. Em seguida, diversos sites e aplicativos saíram do ar ou apresentaram lentidão.
A Amazon informou que o problema teve origem em um subsistema interno de balanceamento de rede, que gerou erros e atrasos na comunicação entre servidores.
Apesar de não ter sido um ataque cibernético, o episódio serviu de alerta. Afinal, uma falha em apenas uma parte da nuvem foi capaz de comprometer serviços financeiros, redes sociais e plataformas de entretenimento ao mesmo tempo.
Por que o impacto foi tão grande?
A queda da AWS expôs o quanto o mundo digital está dependente de poucas empresas de nuvem.

Quando uma região da Amazon falha, milhões de conexões são interrompidas em cascata. Isso, no entanto, afeta aplicativos de mensagem, sites de e-commerce, bancos digitais e até sistemas de logística.
Especialistas afirmam que a centralização cria risco sistêmico, semelhante ao de um apagão em uma grande rede elétrica.
Por isso, cresce a discussão sobre usar múltiplas nuvens (multi-cloud) ou diferentes regiões da AWS para reduzir vulnerabilidades.
O que fica de lição após o colapso digital
Embora a Amazon tenha restaurado os serviços poucas horas depois, o caso deixou claro que a nuvem não é infalível.
Empresas devem investir em redundância, e governos começam a tratar a infraestrutura digital como serviço essencial, com necessidade de supervisão mais rígida.
De todo modo, a AWS continua líder mundial no setor, mas o episódio de outubro reforçou um ponto simples: quando um “gigante da nuvem” tropeça, o mundo inteiro sente.