Um dos peixes mais consumidos no Brasil entrou na lista de alerta de especialistas em saúde e nutrição.
O motivo é a presença potencial de substâncias tóxicas ligadas à contaminação química e ambiental.
O salmão, especialmente o de cativeiro, passou a ser apontado como um alimento que exige atenção do consumidor.
Apesar dos benefícios nutricionais conhecidos, estudos indicam que ele pode acumular compostos prejudiciais à saúde.
Por que o salmão é considerado um peixe de risco?
O principal fator de preocupação está na forma de criação em larga escala. Grande parte do salmão vendido no Brasil vem de pisciculturas industriais.
Nesses ambientes, os peixes vivem em alta concentração, o que favorece:
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Uso frequente de antibióticos
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Ração industrializada
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Presença de resíduos químicos
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Acúmulo de poluentes na água
Além disso, o salmão está no topo da cadeia alimentar aquática. Por esse motivo, ele tende a acumular mais metais pesados ao longo da vida.
Entre as substâncias encontradas em análises laboratoriais estão:
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Mercúrio
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Arsênio
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Cádmio
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Chumbo
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Dioxinas
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PCBs (bifenilos policlorados)
Esses compostos são classificados como tóxicos e bioacumulativos.
Quais são os riscos para a saúde?
A ingestão frequente de peixes contaminados pode trazer efeitos a médio e longo prazo.
Segundo especialistas, o risco não está em uma refeição isolada. O problema é o consumo contínuo ao longo de meses ou anos.
Os principais impactos potenciais incluem:
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Problemas neurológicos
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Alterações hormonais
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Danos ao fígado e aos rins
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Aumento do risco de câncer
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Maior vulnerabilidade imunológica
Em populações mais sensíveis, como gestantes e crianças, os danos podem ser mais graves.
O mercúrio, por exemplo, está relacionado a prejuízos no desenvolvimento cerebral do feto.
Todo salmão é tóxico?
Não. O risco varia conforme a origem, o tipo de criação e a frequência de consumo.
O salmão selvagem, capturado em regiões menos poluídas, tende a apresentar menor carga química.
Já o peixe de cativeiro pode concentrar mais resíduos por causa do ambiente artificial.
Porém, mesmo o salmão industrializado segue limites toleráveis estabelecidos por órgãos sanitários.
Isso significa que, dentro das regras, ele não é imediatamente perigoso.
O cuidado está na repetição e na falta de diversidade alimentar.
Como reduzir os riscos no consumo?
Especialistas recomendam algumas atitudes simples no dia a dia:
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Alterne o consumo com peixes menores, como sardinha e tilápia
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Priorize marcas com certificação ambiental
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Evite consumo excessivo semanal
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Busque origem rastreável do produto
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Prefira peixes frescos a industrializados
Além disso, variar as fontes de proteína reduz a exposição acumulada a toxinas.
O salmão, sem dúvida, continua sendo um alimento nutritivo. Porém, especialistas alertam que ele também pode ser uma fonte invisível de risco tóxico.
A escolha consciente e o consumo moderado são fundamentais. Informação e equilíbrio continuam sendo a melhor forma de proteger a saúde.





