Você pode estar pagando caro por uma fruta que não existe — e até colocando sua saúde em risco. Nas esquinas e semáforos, há denúncias de que vendedores estão usando truques como molhar fatias de abacaxi em água adoçada para enganar consumidores sobre o sabor.
(Foto: Governo Tocantins)
Se você compra “o abacaxi docinho” na rua, é bom ficar alerta: pode se tratar de golpe — e há chances de você sair lesado ou doente.
Como funciona o golpe do “abacaxi docinho”
- Vários vídeos e denúncias em redes sociais mostram vendedores oferecendo uma fatia bem doce do abacaxi como prova do sabor. O cliente experimenta, acha excelente e decide comprar a fruta inteira.
- Só que o truque está na preparação: alguns vendedores mergulham a fatia em água adoçada, o que mascara um abacaxi que, de fato, pode não estar maduro ou doce.
- Em Nova Prata (RS), por exemplo, foi gravado flagrante de vendedores enchendo garrafas plásticas com água + adoçante vindos de uma torneira próxima, e usando isso para “potencializar” a doçura das frutas de prova.
- Também já houve apreensão de frutas vendidas ilegalmente com adição de adoçante para enganarem clientes, detectadas por fiscais municipais.
Quais são os riscos para quem compra
1. Engano financeiro
Você pode pagar por um abacaxi “doce” — mas receber uma fruta comum ou pouco madura. O valor pago acaba sendo muito maior que o real benefício.
Nova cidadania europeia atrai brasileiros após facilitação inesperada pela Lei dos Netos 13º salário cai nessa semana – Dicas inteligentes para usar na Black Friday Praia catarinense ligada a Verstappen vira novo destino de luxo no Sul do Brasil Série A: Quem são os Quatro Times Classificados para o Brasileirão 2026
2. Risco de ingestão de substâncias estranhas
Embora o adoçante usado geralmente não seja tóxico quando usado em alimentos, o método de preparo é clandestino e sem controle sanitário. Pode haver contaminação por água imprópria, falta de higiene ou uso de produtos adulterados.
3. Saúde gastrointestinal
Frutas mal lavadas ou manuseadas em condições inadequadas podem trazer bactérias, fungos ou resíduos químicos que causam intoxicações leves (vômito, diarreia) ou reações em pessoas com sensibilidade alimentar.
4. Quebra de confiança e insegurança pública
Além do prejuízo individual, esse tipo de prática espalha desconfiança. Muitas dessas vendas são informais, fora de fiscalização regular, o que dificulta responsabilização dos responsáveis.
Como se proteger: dicas de consumidor esperto
- Nunca aceite fatia já cortada sem ver o corte ao vivo — peça para cortar na sua frente.
- Use seus sentidos: cheiro forte e característico de abacaxi maduro, casca sem excesso de manchas ou aparência “encharcada”.
- Cuidado com vendedores insistentes — ofertas que parecem boas demais para ser verdade merecem atenção.
- Evite comprar em locais com falta de higiene visível: sem estrutura, sem água limpa, locais improvisados.
- Prefira estabelecimentos regulares, como quitandas, sacolões ou feiras oficiais, onde existe controle sanitário.
- Se notar algo estranho, denuncie à vigilância sanitária municipal ou à prefeitura local.
Por que essas fraudes acontecem
- Lucro rápido: vendedores ambulantes muitas vezes precisam sair do carro com estoque limitado, então maximizar a atratividade da fruta é essencial para convencer o comprador.
- Falta de fiscalização: em muitos municípios, a vigilância sanitária não consegue acompanhar todas as vendas ambulantes nas ruas.
- Reações ao mercado informal: muitos compradores buscam praticidade (comprar na rua, no semáforo) e acabam sendo alvo de artifícios usados por vendedores para driblar essa demanda.
Já há registros de fiscalizações: municípios já apreenderam abacaxis adulterados ou flagraram uso de adoçante para enganar clientes.
Mas muitas dessas operações são pontuais, de difícil controle local, enquanto o comércio ambulante informal permanece disseminado em grandes cidades.
