A partir de 1º de janeiro de 2026, entram em vigor regras mais rígidas para ciclomotores, motos elétricas e bicicletas elétricas em todo o Brasil. As mudanças afetam diretamente quem utiliza esses veículos no dia a dia, principalmente para trabalho e deslocamento urbano. A fiscalização passa a ser efetiva, e o desconhecimento das normas pode resultar em multas pesadas e até apreensão do veículo.
O que é considerado ciclomotor em 2026?
Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é considerado ciclomotor todo veículo de duas ou três rodas que atenda aos seguintes critérios:
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Motor elétrico de até 4 kW ou motor a combustão de até 50 cm³
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Velocidade máxima de fabricação limitada a 50 km/h
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Capacidade para até duas pessoas
Modelos que se enquadram nessas características deixam de ser tratados como “bicicletas” e passam a seguir regras semelhantes às das motocicletas.
Quais são as novas exigências para ciclomotores?
A partir de 2026, ciclomotores deverão cumprir todas as exigências legais previstas no Código de Trânsito Brasileiro. Entre as principais mudanças estão:
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Registro e emplacamento obrigatórios no Detran
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Inclusão no Renavam
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CNH categoria A ou ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor)
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Uso obrigatório de capacete homologado
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Proibição de circulação em ciclovias e ciclofaixas
Quem circular sem cumprir essas regras comete infração gravíssima, sujeita a multa, pontos na carteira e remoção do veículo.
E-bikes: quando continuam sendo bicicletas?
As bicicletas elétricas continuam dispensadas de placa e habilitação, desde que respeitem critérios técnicos bem definidos:
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Potência máxima de 1.000 watts
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Velocidade limitada a 32 km/h
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Motor só funciona enquanto o ciclista pedala
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Presença de pedais funcionais
Esses modelos podem circular em ciclovias e vias públicas, seguindo regras municipais. Porém, se ultrapassarem esses limites, passam a ser automaticamente reclassificados como ciclomotores.
Multas e penalidades em 2026
As penalidades para quem descumprir as regras serão rigorosas. Entre as principais infrações estão:
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Conduzir veículo sem placa ou registro
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Dirigir sem CNH ou ACC
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Circular em locais proibidos
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Falta de equipamentos obrigatórios
As multas são definidas pelo CTB, mas a infração gravíssima pode ultrapassar R$ 880, além de gerar apreensão do veículo.
Regras por estado: o que pode mudar?
Embora as normas sejam federais, estados e municípios podem impor regras complementares, como:
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Restrições de circulação em áreas centrais
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Fiscalizações específicas em ciclovias
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Exigência de equipamentos adicionais
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Definição de horários e vias permitidas
Por isso, é fundamental acompanhar as orientações do Detran do seu estado.
As mudanças de 2026 encerram a “zona cinzenta” que existia para ciclomotores e e-bikes no Brasil. Quem se antecipar, regularizar o veículo e entender a classificação correta evita multas, apreensão e dores de cabeça. A nova fase prioriza segurança, organização do trânsito e responsabilidade dos condutores.
