A vitória do Japão sobre o Brasil, por 3×2, mexeu com o imaginário dos torcedores. Nas redes, o tema rapidamente se misturou ao sucesso do anime Blue Lock, que retrata a criação de um projeto extremo para formar o atacante perfeito.
O paralelo entre ficção e realidade ganhou força após o Japão vencer o Brasil pela primeira vez na história.
O que é Blue Lock e por que o anime virou fenômeno mundial?
Criado por Muneyuki Kaneshiro e Yusuke Nomura, Blue Lock nasceu em 2018 com uma proposta ousada: reunir 300 jovens atacantes para disputar quem seria o “camisa 9 definitivo” do Japão.
A série questiona o ideal coletivo do futebol e valoriza ego, decisão e mentalidade vencedora.
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O anime estreou em 2022 e alcançou 24 episódios.
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O mangá superou 50 milhões de cópias até 2025.
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A 2ª temporada, lançada em 2024, consolidou a popularidade global.
Mais que entretenimento, a obra virou símbolo de autoconfiança e disciplina, influenciando jovens atletas japoneses e reacendendo debates sobre individualismo produtivo.
Brasil 2×3 Japão: a virada que entrou para a história
O amistoso disputado em Tóquio, no dia 14 de outubro de 2025, começou com domínio brasileiro.
Paulo Henrique e Gabriel Martinelli marcaram no primeiro tempo, abrindo vantagem confortável.
Porém, o segundo tempo mudou tudo:
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Takumi Minamino descontou aos 52 minutos.
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Um gol contra de Fabricio Bruno empatou a partida.
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Aos 71’, Ayase Ueda virou de cabeça após escanteio.
O placar final — 3×2 para o Japão — encerrou um tabu que durava décadas.
Até então, o Brasil nunca havia perdido para os japoneses em jogos oficiais ou amistosos.
Após o apito final, Carlo Ancelotti cobrou mais resiliência mental e reconheceu falhas de concentração.
O espelho entre ficção e realidade: nasce um “Blue Lock” japonês?
Nas redes, torcedores resgataram cenas do anime e compararam o espírito do time japonês à filosofia da série.
Enquanto o Brasil mostrou talento disperso, o Japão exibiu foco e persistência, virando um jogo improvável com disciplina e coragem.
A metáfora encaixou: o país que imaginou um projeto fictício para criar o atacante perfeito acabou mostrando, em campo, que mentalidade também vence jogos.
Por outro lado, a Seleção brasileira enfrenta um dilema: a qualidade individual não basta se faltar consistência e atitude coletiva.
Para muitos fãs, a derrota foi um “despertar amargo”, lembrando que o futebol moderno exige fome e decisão, elementos que Blue Lock dramatiza tão bem.
O que fica para o Brasil?
A virada japonesa simboliza uma mudança de eixo no futebol asiático e um alerta à Seleção. Sobretudo, após a confiança que o 5 a 0 da última partida contra a Coreia do Sul.
De todo modo, o desafio agora é recuperar a confiança e transformar talento em resultados concretos.
Enquanto isso, o Japão comemora, e o mundo observa como a ficção inspirou uma realidade possível.