A próxima revolução no tratamento da obesidade pode vir em forma de comprimido. Depois do sucesso das “canetas” emagrecedoras, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, uma nova pílula contra obesidade começa a ganhar espaço nas pesquisas.
Dessa forma, abre caminho para uma mudança no modelo de tratamento. Mas afinal, o que realmente muda?
O que é a nova pílula contra obesidade?
A principal novidade é a adaptação dos medicamentos que imitam o hormônio GLP-1 para uso oral.
Esse hormônio atua diretamente no cérebro, reduzindo o apetite, além de retardar o esvaziamento do estômago.
Hoje, os medicamentos mais populares são injetáveis. Agora, empresas farmacêuticas testam comprimidos com o mesmo efeito metabólico, mas em formato mais simples, familiar e acessível.
O que muda em relação às canetas?
Administração
A principal diferença é a forma de uso. Enquanto as canetas exigem aplicação semanal com agulha, a pílula pode ser tomada por via oral, todos os dias.
Acesso
A tendência é que comprimidos sejam mais fáceis de distribuir e produzir em larga escala.
Isso pode reduzir custos logísticos e ampliar o acesso ao tratamento, especialmente em regiões com menos estrutura de saúde.
Conforto do paciente
Muitas pessoas abandonam as canetas por medo de injeções ou desconforto. A pílula elimina esse obstáculo e pode aumentar significativamente a adesão ao tratamento.
A pílula é tão eficaz quanto a injeção?
Os estudos iniciais indicam que a perda de peso é significativa, mas um pouco menor que a observada com as canetas mais potentes.
Enquanto alguns injetáveis registram emagrecimento acima de 15% do peso, as pílulas giram em torno de 10% a 12% em média.
Ou seja, funcionam, mas ainda ficam atrás das versões injetáveis mais modernas.
Quais são os riscos?
Assim como as canetas, as pílulas também podem causar:
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náuseas
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diarreia
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vômitos
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perda de apetite intensa
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risco de efeito rebote ao interromper o uso
Além disso, o uso contínuo reforça que a obesidade passa a ser tratada como doença crônica, exigindo acompanhamento médico prolongado.

A pílula contra obesidade já está disponível no Brasil?
Ainda não. A maior parte dos medicamentos orais, inclusive, está em fase final de testes clínicos.
De todo modo, a expectativa do mercado é que liberações internacionais aconteçam primeiro e, na sequência, cheguem à Anvisa.
A pílula contra obesidade não encerra a era das canetas, mas amplia as opções. Ela torna o tratamento mais simples, acessível e aceito pelo público.
Porém, continua sendo apenas uma parte do processo. Sem mudança de hábitos e acompanhamento médico, nenhum medicamento é solução definitiva.





